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Microcrustáceos na água em PG surgiram por falta de tratamento da Sanepar, diz MP

Microcrustáceos na água em PG surgiram por falta de tratamento da Sanepar, diz MP
  • Publishedjaneiro 30, 2023
Depois de fornecer água com microcrustáceos, Sanepar terá que investir R$ 5 milhões em melhorias no tratamento da água.(Imagem: Reprodução/Redes Sociais)

O Ministério Público do Paraná (MPPR) concluiu que Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar) não realizou o tratamento adequado da água em Ponta Grossa, o que resultou na presença de microcrustáceos nas torneiras da população. Como resultado da ação, a Sanepar terá que investir R$ 5 milhões em obras para melhorar o tratamento da água.

O caso ocorreu no mês de outubro de 2021, quando vários moradores fizeram vídeos e divulgaram que a água que receberam tinha microcrustáceos. Na época, foram registrados nos canais de atendimento da Companhia 460 contatos de pessoas buscando esclarecimentos sobre o tema.

Conforme o resultado da investigação do MPPR, os microcrustáceos foram resultado da falta de tratamento da água: “ a empresa não garantiu a qualidade da água captada da Represa dos Alagados”.

Ainda de acordo com o Ministério Público, o descaso com o tratamento na captação da água originou  a presença dos microorganismos: houve a distribuição de água com a presença de microcrustáceos”.

Por meio da 6ª Promotoria de Justiça de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, celebrou Termo de Ajustamento de Conduta com a Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar) buscando a reparação de danos materiais e morais causados aos consumidores e a garantia da qualidade da água captada da Represa dos Alagados.

“A fim de sanar danos materiais eventualmente sofridos pelos consumidores de Ponta Grossa, a Companhia de Saneamento deverá, durante seis meses, indenizar prejuízos comprovados sofridos pelos consumidores em decorrência do fornecimento de água fora dos padrões, reembolsando eventuais despesas que tenham tido com a contratação de serviços de lavagem de caixas de água, compra de água mineral e danos em equipamentos e eletrodomésticos”, diz o MPPR.

Além disso, a Sanepar terá que investir no tratamento da água. “A título de reparação e compensação pelos danos morais coletivos sofridos pelos consumidores de Ponta Grossa, a Sanepar deverá pagar R$ 5 milhões de reais, que serão destinados a custear projetos, estudos e execução das obras necessárias para constituição e implantação de uma Área de Proteção Ambiental (APA) na Bacia de Olarias, contendo parque municipal com infraestrutura como iluminação, banheiros públicos, quadras esportivas, ciclovia, pista de caminhada e espaços para atividades de recreação e lazer”.

Ainda como consequência do TAC, deverá ser realizado monitoramento periódico a fim de detectar eventual presença de microcrustáceos na água captada da Represa dos Alagados, devendo qualquer caso de anomalia ser comunicado em 48 horas aos órgãos ambientais competentes (Instituto Água e Terra e Secretaria Municipal do Meio Ambiente).

Além disso, até abril deste ano, deverá ser providenciada a repovoação das águas da Represa dos Alagados, com o despejo de 40 mil alevinos de espécies próprias do local, recomendando aos órgãos competentes a intensa fiscalização da pesca no local nos períodos proibidos por lei.

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