Deputado pede impeachment de Lula após fala sobre Moro


O deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) protocolou, nesta quarta-feira (22), um pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Isso ocorreu após a declaração de Lula de que “pensava em se vingar do então juiz federal e hoje senador Sergio Moro (União-PR)”.
As declarações de Lula foram durante entrevista Brasil247 e o presidente se referiu ao período em que ficou na prisão.
Conforme o deputado Bibo Nunes, “as declarações do presidente violaram a probidade na administração” e configuram um comportamento que seria “incompatível com a liturgia e a responsabilidade do mandato recebido pelo povo”. O deputado afirmou também que “as declarações violam as balizas constitucionais e desqualificando a estatura do cargo de presidente da República”.
As declarações de Lula foram durante entrevista Brasil247 e o presidente se referiu ao período em que ficou na prisão. “De vez em quando um procurador entrava lá de sábado, ou de semana, para visitar, se estava tudo bem. Entrava três ou quatro procuradores e perguntava ‘tá tudo bem?’. Eu falava ‘não está tudo bem. Só vai estar bem quando eu foder esse Moro’”, disse Lula.
Moro respondeu à fala de Lula durante entrevista à CNN Brasil. “Repudio essa fala do presidente Lula, que é uma fala de baixo calão, utilizando termos grosseiros de uma forma que nunca me reportei a ele. A gente vê aí algum desequilíbrio, porque o presidente já chamou agricultores de fascistas e disse que não confiava nos militares”, disse Sergio Moro.
Outros pedidos de impeachment
Este é mais um pedido feito pela oposição ao governo de Lula tudo indica que novos pedidos vão surgir, pois esta será uma estratégia dos opositores na tentativa de desestabilizar o governo.
Lula foi alvo de outros pedidos de impeachment protocolados pela oposição. Um deles é de autoria dos deputados Coronel Meira (PL-PE) e Carla Zambelli (PL-SP), membros da ala bolsonarista da Câmara dos Deputados.
Os parlamentares apontam crime de responsabilidade na dispensa de licitação, publicada no início de fevereiro, para a compra de móveis destinados à Presidência da República. A modalidade de compra é reservada por lei a casos de emergência ou calamidade.
O presidente também foi alvo de um pedido de impeachment por crime de responsabilidade envolvendo os ataques golpistas de 8/1. A iniciativa é do deputado federal bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ), que aponta omissão de Lula diante dos ataques ocorridos em Brasília.
O pedido de impeachment precisa ser aprovado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sem prazo para análise. Para que o pedido seja julgado pelo Senado, é preciso que obtenha o voto de pelo menos 342 deputados.