Líder da oposição pede valorização do governo com servidores: “data-base é um direito”


Novamente a questão da data-base dos servidores do Paraná deve gerar discussões na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Com uma defasagem de 42% nos salários, o governo ofereceu um reajuste de apenas 2,4%. Do índice de 5,79% anunciado pelo governo, 3,39% corresponde a uma derrota do governo no Judiciário, segundo oposição.
Desde a última semana, seis universidades do Paraná estão em greve por conta da data-base: UEPG, UEL, UEM, Unioeste, Unespar, UENP e Unicentro.
Nesta terça-feira (23), o líder da oposição na Alep, Requião Filho (PT), disse que a proposta feita pelo governo de Ratinho Jr (PSD) não é justa para os funcionários.
“Estamos falando então de uma data-base de apenas 2,4%! Uma data-base que não é justa, não é respeitosa, que não condiz com a realidade econômica da propaganda do governo. Na propaganda, o governo diz que o Paraná é o Estado mais pujante do Brasil, que tem uma força incrível na economia, mas na hora de pagar quem está cara a cara com os paranaenses, o Estado está na miséria, é uma desgraça, não tem como, vai quebrar”, declarou.
O líder da oposição também criticou a falta de diálogo do governador com os servidores e ressaltou que a data-base é um direito.
“Acho incrível que o governador não tenha a hombridade de receber os funcionários e olhar olho no olho desses servidores, que carregam o Paraná nas costas, e que diga a eles, sim ou não. O que nós temos é, mais uma vez, a oposição pedindo que se cumpra a Lei, que se pague a data-base. É um direito, é uma questão de respeito. Respeito com as polícias, com a educação, com a saúde, com o departamento penitenciário, com as universidades. Estas pessoas são o Estado.”
Deputado critica a redução do repasse da jornada-extra dos policiais
“São 6 anos de atraso com 42% defasagem salarial. Não são apenas professores, são policiais militares, que trabalham mais de 60 horas por semana, estão cansados, perseguidos. A cada dia, o repasse da jornada-extra dos policiais é reduzido. E os policiais que são escalados para trabalhar mais de 60 horas por semana, trabalham sem receber a jornada-extra. O governo diz: ´vamos fazer concurso para a PM´. 230 homens! Não fecha a conta para preencher os batalhões criados. Os policiais continuarão trabalhando demais. Vem aí a restruturação da carreira da Polícia Civil. O delegado geral garante que é uma restruturação boa, mas queremos ter acesso o texto para estudar esta mudança”.
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