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Diretor de RH da Prefeitura de PG é afastado pelo Gaeco

Diretor de RH da Prefeitura de PG é afastado pelo Gaeco
  • Publishedjunho 7, 2023
Gaeco afasta funcionário da Prefeitura de Ponta Grossa em investigação sobre fraude em licitação. (Foto: PMPG)

O diretor de Recursos Humanos da Prefeitura de Ponta Grossa, Eloir José da Silva, foi afastado do cargo pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) durante a Operação Pactum que ocorreu nesta terça-feira (6). Além do servidor foi afastado o vereador Celso Cieslak (PRTB).

A operação investiga os crimes de fraudes em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.

Conforme o Gaeco, Eloir José da Silva integrava uma comissão da Prefeitura de Ponta Grossa responsável pela contratação de empresa de consultoria para programas de recuperação fiscal. O Gaeco identificou um direcionamento na licitação para favorecer a empresa WHP Consultoria.

Por meio de nota, a Prefeitura de Ponta Grossa disse que vai colaborar com a investigação.

 As investigações, do núcleo do Gaeco em Ponta Grossa, apuram a existência de organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários, voltada à prática dos crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

As investigações tiveram início em novembro de 2022, a partir de declarações do vereador Geraldo Stocco (PV), então relator de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava o sistema de saúde no município, noticiando que o vereador Celso Cieslak (PRTB), que era presidente da CPI da Saúde, teria oferecido vantagem indevida para modificar pontos do relatório final da CPI, lançando ainda a suspeita da existência de um esquema de propina envolvendo licitações para a compra de livros por diversas prefeituras e câmaras municipais, inclusive nos estados de Santa Catarina e São Paulo.

No curso das investigações, confirmaram-se indícios de um esquema de propina e direcionamento de licitações nas áreas de shows e eventos, de contratação de empresas para projeto de recuperação tributária e de compra de livros.

As ordens de busca e apreensão foram expedidas pela 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa, que também determinou o afastamento do mandato do vereador e o afastamento da função pública de um servidor municipal, ambos de Ponta Grossa, até o encerramento das investigações.

Nota da Prefeitura

A prefeitura de Ponta Grossa mantém uma política rigorosa de transparência e legalidade. Todos os seus procedimentos, inclusive processos licitatórios, são desenvolvidos de modo claro e público, acessível através das plataformas de informações disponíveis.

A administração reitera que não admite nem compactua com qualquer espécie de interferência em procedimentos de qualquer natureza, primando sempre pela legalidade, pela moralidade e pela publicidade de seus atos. A manutenção desses valores garantiu à Prefeitura de Ponta Grossa a aprovação de todas as suas contas, sem ressalvas.

No caso sob investigação do Ministério Público, a administração está colaborando com o MP e fornecendo todas as informações necessárias à elucidação integral dos fatos e à salvaguarda do interesse público.

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2 Comments

  • Olá
    No caso se um vereador é afastado, assume outro no lugar?
    Nesse caso, quem seria?

    Abraço
    João Carlos

  • Qual será a posição da Controladoria e da Licitação em relação a empresa envolvida nas fraudes WHP Consultoria em que estava participando de mais um certame licitatório junto com mais 3 empresas idôneas, será dado continuidade ao processo ou cancelado.

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