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Câmara de PG rejeita cassação de Celso Cieslak (PTRB), investigado por fraude em licitação e corrupção na saúde

Câmara de PG rejeita cassação de Celso Cieslak (PTRB), investigado por fraude em licitação e corrupção na saúde
  • Publisheddezembro 5, 2023
Câmara de PG decide manter mandato de Celso Cieslak (PRTB) investigado pelo Gaeco. (Foto: CMPG)

A Câmara de Ponta Grossa decidiu manter o mandato do vereador Cieslak (PTRB), investigado pelo Gaeco na Operação Pactum, que apura um esquema de fraude em licitações da Prefeitura de Ponta Grossa e corrupção na saúde, incluindo tentativa de falsificação do relatório da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) da Saúde. A votação ocorreu em sessão especial na noite desta segunda-feira (4).

Na sexta-feira (1º), a Comissão Parlamentar Processante (CPP) apresentou relatório pela improcedência da denúncia, ou seja, para manter o mandato de Cieslak (contra a cassação). A CPP foi recheada de polêmica e falta de transparência, incluindo a proibição do acompanhamento da imprensa nas oitivas e da população. Também não ocorreu a transmissão pela internet.

Foram 11 votos a favor da improcedência da denúncia (a favor de manter o mandato de Celso Cieslak. Apenas seis vereadores votaram contra o relatório (pela cassação do vereador). Dois vereadores ficaram em cima do muro ou fugiram, a chamada abstenção.

Foram favoráveis ao parecer pela improcedência da acusação (contra a cassação): Leandro Bianco, Divo, Felipe Passos, Filipe Chociai, Dr. Zeca, Missionária Adriana, Paulo Balansin, Cascavel (votou no lugar de Guiarone, que ocupa a vaga do PRTB durante afastamento de Celso), Pastor Ezequiel, Vinicius Camargo (votou no lugar de Milla, que pediu licença médica e não participou da votação) e Julio Kuller.

Votaram contra o parecer pela improcedência da acusação ( a favor da  cassação): Dr. Erick, Geraldo Stocco, Joce Canto, Josi do Coletivo, Professor Careca e Isaias Salustiano.

Ficaram no muro (nem a favor nem contra a cassação, fugiram, a tal da abstenção): Léo Farmacêutico e Jairton da Farmácia.

A Operação Pactum

A Operação Pactum deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 06 de junho de 2023 revela um esquema vergonhoso que afeta a área mais caótica de Ponta Grossa, a saúde pública.

As investigações, do núcleo do Gaeco em Ponta Grossa, apuram a existência de organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários, voltada à prática dos crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

As investigações tiveram início em novembro de 2022, a partir de declarações do vereador Geraldo Stocco (PV), então relator de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava o sistema de saúde no município, noticiando que o vereador Celso Cieslak (PRTB) teria oferecido vantagem indevida para modificar pontos do relatório final da CPI, lançando ainda a suspeita da existência de um esquema de propina envolvendo licitações para a compra de livros por diversas prefeituras e câmaras municipais, inclusive nos estados de Santa Catarina e São Paulo.

No curso das investigações, confirmaram-se indícios de um esquema de propina e direcionamento de licitações nas áreas de shows e eventos, de contratação de empresas para projeto de recuperação tributária e de compra de livros.

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