Por falta de covas, Prefeitura de PG convoca população para retirar corpos de cemitério


Por falta de espaço para novas covas, a Prefeitura de Ponta Grossa publicou um decreto publicado no Diário Oficial, convocando as famílias para removerem os corpos sepultados em 1977 no Cemitério Público Municipal São Vicente de Paulo.
De acordo com a prefeitura, a situação é de “urgência” e as famílias que foram chamadas devem ir ao Departamento de Serviços Funerários e Cemitérios para realizar o translado dos corpos. O departamento está locado na Rua Theodoro Rosas, n.º 1226, telefone 3220 -1080.
Conforme a Prefeitura de Ponta Grossa “a medida foi tomada devido à falta de covas disponíveis para futuros sepultamentos no local”.
A situação ocorre em outros cemitérios e em breve devem ocorrer novas convocações para retirada de corpos. Restos mortais devem ser encaminhados para o Ossário Municipal.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ponta Grossa informou que “o cemitério possui covas cedidas em caráter temporário por um período de cinco anos a partir da data do sepultamento”. Ainda de acordo com a secretaria, “a convocação das famílias visa liberar espaço para novos sepultamentos e garantir a continuidade dos serviços funerários no cemitério”.
Para retirar os restos mortais do ente do cemitério São Vicente de Paula os familiares irão desembolsar R$ 75,52 para o translado (o valor é referente ao chamado ‘Valor de referência’ do município), além de ter que encontrar uma cova ou um novo espaço para que a ossada seja destinada.
Veja a publicação e os convocados pela Prefeitura de Ponta Grossa

Superlotação dos cemitérios de PG, ano eleitoral, Odorico em O Bem Amado e a “promessa de construção do?cemitério”

Em pleno ano eleitoral, dá para dizer que a superlotação e o sucateamento dos serviços públicos da cidade chegou também nos cemitérios de Ponta Grossa. Agora só falta surgir candidato (a) ao cargo de prefeito prometendo “construir um novo cemitério em Ponta Grossa”, fazendo um comparativo com a obra O bem amado, de Dias Gomes, em que o personagem político, Odorico Paraguaçu, fez sua campanha eleitoral em cima da construção de um cemitério na cidade de Sucupira.
A diferença é que no caso de Ponta Grossa, seria um novo cemitério. Na obra de Dias Gomes, a cidade não possuía nenhum cemitério.
E outra diferença é de que em Sucupira, Odorico se elegeu com a promessa de construir o cemitério da cidade, até ergueu o espaço e providenciou o coveiro, mas os defuntos deram uma trégua. Nem a natureza ajudou, já que geralmente morria algum desavisado afogado, mas no ano da construção do cemitério, o mar ficou raso.
No final, Odorico Paraguaçu foi assassinado pelo personagem Zeca Diabo e inaugurou, finalmente, o cemitério, sendo que, de vilão, passou a mártir.
No caso de Ponta Grossa, infelizmente as mortes não dão trégua e são impulsionadas, muitas vezes, pela falta de atendimento na saúde pública. Em Ponta Grossa nessa questão de saúde e serviços públicos é complicado nascer, se manter vivo e depois é difícil morrer.
Mas a questão da falta de covas (cemitério) não é o único exemplo em que Ponta Grossa se parece com a lendária Sucupira, existe também outros casos, como os diversos Odoricos existentes na cidade, além de opositores que mais ajudam a situação do que atrapalham! Mas isso é assunto para outra matéria!