TJ-PR mantém em sigilo provas de acordo no qual Traiano e Plauto admitem corrupção


A Justiça atendeu a outro pedido feito pela defesa do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSD), e voltou a colocar sob sigilo as provas de acordo feito por ele e pelo ex-deputado de Ponta Grossa, Plauto Miró Guimarães Filho (União Brasil). A decisão em 2ª Instância é do desembargador Luiz Mateus de Lima, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que acatou os argumentos das defesas de Traiano e Plauto.
Traiano e Plauto confessaram ao Ministério Público que receberam propina do empresário Vicente Malucelli, na licitação da TV Assembleia.
Plauto e Traiano assinaram com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), em 2022, acordos de Não Persecução Penal, e de Não Persecução Civil. Pelos termos do acordo, ao confessar o crime de corrupção, deixam de ser processados pela Justiça e terão que pagar, ao todo, R$ 743 mil aos cofres públicos.
As provas mantidas em sigilo envolvem áudios, vídeos, depoimentos, declarações e outros documentos ligados ao caso.
Entre as provas está uma gravação da negociação dos pagamentos entre o presidente da Alep e o empresário Vicente Malucelli.
O desembargador determinou a suspensão da ordem do imediato levantamento do sigilo dos autos, com exceção do Acordo de Não Persecução Civil e da decisão homologou o acordo até uma nova deliberação.
Em nota, a assessoria de Traiano repetiu que o deputado não responde por nenhuma acusação, em nenhum processo judicial vinculado aos acordos.
O ex-deputado Plauto segue em silêncio.
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