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Apoiadores de Bolsonaro fazem ato com pedido de impeachment de Lula

Apoiadores de Bolsonaro fazem ato com pedido de impeachment de Lula
  • Publishedfevereiro 26, 2024
O ato na Paulista também evidenciou pré-candidatos das eleições municipais no interior de São Paulo e de outros estados. (Foto: Divulgação/Manifestação)

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) realizaram uma manifestação neste domingo, 25, na Avenida Paulista, em São Paulo, em defesa do ex-presidente, que é investigado pela Polícia Federal (PF) por uma suposta tentativa de golpe de Estado. Além disso, os bolsonaristas também pediram o impeachment do presidente Lula (PT)

Os manifestantes foram ao ato vestidos de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil e de Israel. Diferente de outras manifestações bolsonaristas, faixas e cartazes com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) não foram identificados dessa vez.

Os manifestantes proferiram gritos pedindo o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta semana, parlamentares bolsonaristas protocolaram um pedido de impeachment contra o atual presidente, após ele ter comparado os ataques israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto. Por volta de 14h30, a manifestação já contava com a presença de dezenas de deputados bolsonaristas.

A manifestação na Paulista é bancada pelo pastor evangélico Silas Malafaia, que estimou na sexta-feira (23) desembolsar entre R$ 90 mil e R$ 100 mil para arcar com toda a estrutura do evento, como fornecimento de água, instalação de grades e transmissão pela internet – há seguranças privados, mas a Polícia Militar também atua no local. Malafaia alugou dois trios elétricos que estão dispostos em “L”: um maior, onde está Bolsonaro e os aliados mais importantes, de onde são feitos os discursos e um segundo veículo, sem estrutura de som, para abrigar os demais convidados, fotógrafos e cinegrafistas.

Estiverem presentes os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), com quem Bolsonaro se hospedou na capital paulista, Ronaldo Caiado (União-GO), e Jorginho Mello (PL-SC), além de senadores, deputados federais e estaduais de diversos Estados brasileiros. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (PL-SP) também esteve no local.

 Segundo a organização do ato, caravanas vieram de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Distrito Federal.

O ex-presidente Bolsonaro desestimulou a realização de manifestações em todo Brasil e pediu que seus apoiadores se concentrassem na Avenida Paulista em uma tentativa de demonstrar o máximo de apoio popular possível.

O ato foi convocado pelo próprio Bolsonaro quatro dias após ele ter sido alvo da operação Tempus Veritatis (a hora da verdade, em português) no dia 8 de fevereiro. A PF investiga suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil antes e após a eleição de 2022. O ex-presidente teve o passaporte confiscado e quatro ex-assessores dele foram presos preventivamente.

As investigações contra Bolsonaro

Além da suposta tentativa de golpe, Bolsonaro é alvo de outras investigações que estão no STF. Entre elas, a venda de joias recebidas como presentes pela Presidência da República fraude nos cartões de vacina do ex-presidente e sua filha e o inquérito que apura os autores intelectuais do 8 de Janeiro, quando manifestantes golpistas invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso. Na ocasião, ocorreram atos de vandalismo.

Eleições 2024 e 2026

A manifestação também sinalizou que Jair Bolsonaro pretende usar seu capital político nas eleições de 2024, quando serão eleitos vereadores e prefeitos, e também nas disputas gerais de 2026.

“Em 2024, teremos eleições municipais. Vamos caprichar nos votos, em especial para vereadores. E também para prefeitos. E nos preparemos para 2026. O futuro a Deus pertence. Sabemos o que deve ser feito no futuro para que o Brasil tenha um presidente que tenha Deus no coração, ame a sua bandeira, cante o hino nacional e que ame de verdade o seu povo”, disse Bolsonaro.

Em outra referência ao futuro, o ex-presidente, inelegível, reclamou de retirada de políticos das disputas por decisões judiciais. “Não podemos concordar que um Poder tire do palco político quem quer que seja, a não ser por um motivo extremamente justo”, afirmou.

O ato na Paulista também evidenciou pré-candidatos das eleições municipais no interior de São Paulo e de outros estados. As caravanas pró-Bolsonaro, por exemplo, serviram como propaganda de políticos do interior do Brasil.

Fotos divulgada pela organizados dos atos dos bolsonaristas

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