Romanelli critica “influenciadores” que espalharam fake news sobre a tragédia no RS: “são inescrupulosos”


O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD) reafirmou nesta quarta-feira (8) que é preciso combater de forma efetiva as fake news, principalmente neste momento em que as notícias falsas prejudicam a população do Rio Grande Sul, que foi atingida pela enchente.
“Inescrupulosos querem aproveitar a desgraça alheia, seja para fazer política ou malfeitos, utilizam-se das mentiras nas redes sociais. Temos que combatê-los e denunciá-los de forma permanente. Não se deve dar trégua a esse tipo de gente”, declarou Romanelli.
O deputado reforçou a importância de que as pessoas acessem os canais oficiais na busca de informações e também sobre a participação das redes e dos grupos de apoio às famílias gaúchas. “Os canais oficiais e os veículos de comunicação estão tratando com seriedade o drama do povo gaúcho. Nós, paranaenses, somos solidários, e podemos também combater as fake news nas redes sociais e denunciar aqueles que faltam com a verdade para fazer exploração de todo tipo ou até aqueles que fazem exploração política”.
Nas redes sociais, o deputado postou um vídeo da Brigada Militar, que desmentiu a fake news de que estaria exigindo nota fiscal das doações feitas para socorrer a população fragilizada no Rio Grande do Sul. “Mais um dia de operações e a Brigada Militar está focada em salvar as pessoas e acolher o povo gaúcho. Reforçamos que não estamos impedindo a circulação de nenhuma espécie de alimento para doação”, diz um coronel da brigada gaúcha.
“Reforçamos que não estamos realizando a fiscalização de notas fiscais, muito menos fiscalizando embarcações. Nosso grande objetivo no momento é acolher o povo gaúcho e todos aqueles voluntários que estão fazendo isso receberão o apoio da Brigada Militar”, completou.
“Negacionismo”, aponta Romanelli
Para o deputado Romanelli a disseminação das mentiras não é pontual e ocorre em momentos dramáticos ou de relevância para a humanidade. “Em momentos de crise no país e no mundo, as fake news invadem as redes sociais. Primeiro, foi durante a pandemia com os negacionistas atentando contra a eficácia da vacina, criando situações artificiais que acabaram prejudicando muito os profissionais da área da saúde”.
“Agora, estamos enfrentando essa tragédia que é fruto da questão ambiental, de uma enchente sem precedência na história do país que afeta toda uma população de um dos estados mais importantes da federação. As redes sociais são invadidas com um monte de mentiras, desinformação, para enganar e manipular as consciência”, completou o deputado.
Os governos federal e do Rio Grande do Sul, através da Polícia Federal e Polícia Civil, montaram forças-tarefas que investigam os responsáveis pelas mentiras que são disseminadas nas redes sociais e nos grupos de whatsapp. “Transformam uma tragédia numa guerra de narrativas para atender determinados interesses criminosos. Vamos agir e dar um basta nisso”, reitera Romanelli.
VEJA O VÍDEO DE ROMANELLI
PF VAI INVESTIGAR FAKE NEWS SOBRE AÇÕES DE SOCORRO AO RS
A Polícia Federal irá investigar a divulgação de fake news sobre ações dos governos federal, estaduais e municipais nas enchentes do Rio Grande do Sul. O pedido de abertura da investigação foi feito pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
No ofício, o ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, lista de nomes de influenciadores digitais, de contas em redes sociais e postagens na internet que vêm disseminando informações falsas sobre o trabalho de resgate de pessoas e sobre a recuperação dos estragos no estado. Segundo Pimenta, há “narrativas desinformativas e criminosas” que causam impacto no aprofundamento da crise social vivida pela população gaúcha.
“Os conteúdos afirmam que o Governo Federal não estaria ajudando a população, de que a FAB [Força Aérea Brasileira] não teria agilidade e que o Exército e a PRF [Polícia Rodoviária Federal] estariam impedindo caminhões de auxílio. Destaco com preocupação o impacto dessas narrativas na credibilidade das instituições como o Exército, FAB, PRF e ministérios, que são cruciais na resposta a emergências. A propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das nossas instituições frente a tais crises”, diz o ofício.
De acordo com o Ministério da Justiça, a investigação irá apurar ilícitos ou eventuais crimes relacionados à disseminação de desinformação e individualização de condutas.
Em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU), serão acionados órgãos competentes para ações judiciais de responsabilização dos culpados.
“Os conteúdos afirmam que o Governo Federal não estaria ajudando a população, de que a FAB [Força Aérea Brasileira] não teria agilidade e que o Exército e a PRF [Polícia Rodoviária Federal] estariam impedindo caminhões de auxílio. Destaco com preocupação o impacto dessas narrativas na credibilidade das instituições como o Exército, FAB, PRF e ministérios, que são cruciais na resposta a emergências. A propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das nossas instituições frente a tais crises”, diz o ofício.
O documento lista uma série de postagens que viralizaram nas redes sociais. Entre elas, um vídeo publicado no último domingo (5), na plataforma X, pelo influenciador Pablo Marçal, que veicula conteúdo desinformativo em sobre a atuação do poder público em relação aos desastres ambientais ocorridos no Rio Grande do Sul. Dentre as afirmações contidas no vídeo, estão que “a Secretaria da Fazenda do estado está barrando os caminhões de doação”, “não estão deixando distribuir comida, marmita” e que “esse é ano político, a mídia não vai mostrar direito o que tá acontecendo, entendeu? Por causa dos políticos”. As informações já foram desmentidas pelas pasta.
A mesma notícia falsa foi compartilhada pelo senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), em plataformas como Instagram e X. Outras postagens envolvendo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o jornalista Thiago Asmar, o influenciador Leandro Ruschel, a influenciadora Fernanda Salles, além de contas como Pavão Misterious e Tumulto BR, são descritas no ofício enviado por Paulo Pimenta. O ministro pede a apuração dos ilícitos ou eventuais crimes relacionados à disseminação de desinformação, bem como a individualização de condutas das pessoas envolvidas.
“Os conteúdos afirmam que o Governo Federal não estaria ajudando a população, de que a FAB [Força Aérea Brasileira] não teria agilidade e que o Exército e a PRF [Polícia Rodoviária Federal] estariam impedindo caminhões de auxílio. Destaco com preocupação o impacto dessas narrativas na credibilidade das instituições como o Exército, FAB, PRF e ministérios, que são cruciais na resposta a emergências. A propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das nossas instituições frente a tais crises”, diz o ofício.
O documento lista uma série de postagens que viralizaram nas redes sociais. Entre elas, um vídeo publicado no último domingo (5), na plataforma X, pelo influenciador Pablo Marçal, que veicula conteúdo desinformativo em sobre a atuação do poder público em relação aos desastres ambientais ocorridos no Rio Grande do Sul. Dentre as afirmações contidas no vídeo, estão que “a Secretaria da Fazenda do estado está barrando os caminhões de doação”, “não estão deixando distribuir comida, marmita” e que “esse é ano político, a mídia não vai mostrar direito o que tá acontecendo, entendeu? Por causa dos políticos”. As informações já foram desmentidas pelas pasta.
A mesma notícia falsa foi compartilhada pelo senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), em plataformas como Instagram e X. Outras postagens envolvendo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o jornalista Thiago Asmar, o influenciador Leandro Ruschel, a influenciadora Fernanda Salles, além de contas como Pavão Misterious e Tumulto BR, são descritas no ofício enviado por Paulo Pimenta. O ministro pede a apuração dos ilícitos ou eventuais crimes relacionados à disseminação de desinformação, bem como a individualização de condutas das pessoas envolvidas.
Paulo Pimenta demonstrou indignação com o impacto das notícias falsas no trabalho de resgate realizado no Rio Grande Sul.
“Eu acho uma sacanagem. Tem gente trabalhando 24 horas por dia, quatro dias sem dormir, pessoas colocando a vida em risco para salvar outras. Enquanto isso, tem uma indústria de fake news alimentada por parlamentares, por influencers, por pessoas que se dedicam a atrapalhar o esforço que está sendo feito para salvar vidas”, afirmou. Pimenta classificou a situação como uma guerra para encontrar pessoas que ainda estão ilhadas e chamou os propagadores de notícias falsas de traidores.
“Se é verdade que nós estamos numa guerra, que tem como objetivo principal encontrar pessoas que ainda estão ilhadas e ter forças para apoiar milhares de pessoas que perderam tudo, que estão em abrigos, quem age contra nós deve ser tratado como quinta coluna, palavra que a gente usa contra traidores em tempos de guerra. E quinta coluna tem que ser tratado como criminoso”, afirmou em entrevista a jornalistas na tarde de hoje.
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