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Governo do PR exonera assessor investigado por corrupção: Lauro Costa foi Controlador da Prefeitura de PG

Governo do PR exonera assessor investigado por corrupção: Lauro Costa foi Controlador da Prefeitura de PG
  • Publishedfevereiro 11, 2025
Governo do Paraná exonera assessor Rodrigues da Costa Neto, ele é investigado pelo Gaeco na Operação Pactum, que apura corrupção, organização criminosa, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. (Foto: PMPG)

Após receber ofício da Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público, do Ministério Público do Paraná, o Governo do Estado exonerou o comissionado Lauro Rodrigues da Costa Neto do cargo que o ocupava na Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar).

Lauro Costa é investigado pelo Gaeco na Operação Pactum, que envolve também o ex-vereador Celso Cieslak (PRTB). Segundo o Gaeco, as investigações, do núcleo do Gaeco em Ponta Grossa, apuram a existência de organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários, voltada à prática dos crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Lauro costa foi Controlador da Prefeitura de Ponta Grossa nos governos do ex-prefeito Marcelo Rangel (PSD), atualmente deputado estadual. No primeiro mandato do governador Ratinho Junior, Costa foi nomeado com cargo comissionado na Inovação Modernização e Transformação Digital, que tinha Marcelo Rangel como secretário. Com as investigações do Ministério Público, ele foi exonerado. Na sequência foi nomeado na Celepar.

O Governo do Paraná nega que a exoneração está relacionada à investigação. Porém, o Blog da Mareli Martins apurou que o MP solicitou num prazo de 15 dias, “o dossiê histórico-funcional de Lauro Rodrigues da Costa Neto, bem como o ato referente à sua nomeação, o registro de frequência do funcionário, desde a posse no cargo na Celepar”. O MP pediu também que “a companhia informe as atribuições do servidor e o local em que exerce o cargo”.

Os dados vão subsidiar uma apuração preliminar aberta no início de dezembro de 2024 pela promotoria.

Operação Pactum 

Na primeira fase da investigação, o alvo central foi o vereador Celso Cieslak, que foi afastado das funções na Câmara Municipal de Ponta Grossa por determinação judicial, e a empresa Tributo Justo – cuja razão social é Maw Consultoria Empresarial e Tributária Ltda e/ou WHP Consultoria. Por determinação da Justiça, Cieslak já retornou ao cargo de vereador.

A suspeita é que esta quadrilha tenha atuado em outras cidades além e Ponta Grossa, entre elas Curitiba. Por isso, o juiz, no seu despacho, determinou o desmembramento e compartilhamento das investigações aos juízos de Curitiba, Castro, Lapa e Foz do Iguaçu. Também na mesma decisão, na semana passada, o magistrado determinou o retorno do vereador Celso Cieslak ao cargo na Câmara Municipal.

Rangel aparece em interceptações do Gaecomas tem foro privilegiado

Os promotores encontraram gravações em que os investigados citaram por mais de uma vez o nome de Marcelo Rangel, que comanda a pasta da Inovação na época da investigação.

Quem mencionou o nome do secretário em algumas das conversas interceptadas pelo Gaeco, com autorização judicial, foi justamente Lauro Rodrigues da Costa Neto.

O Gaeco chegou a pedir um mandado de busca e apreensão na casa de Lauro, mas foi indeferido pela justiça de Ponta Grossa. A aparição de Lauro na investigação tem a ver com uma licitação na prefeitura de Ponta Grossa que previa a contratação de empresa de assessoria e consultoria especializada na realização de auditorias operacionais para levantamento e recuperação de créditos tributários do Município.

A suspeita, captada nas interceptações, é de um acerto para um possível pagamento de propina a Lauro Rodrigues da Costa Neto de uma porcentagem dos contratos firmados pela empresa Tributo Justo, em que o ex-diretor intermediasse o encontro entre os empresários e prefeitos. Os investigados dão a entender que o valor poderia ir para o secretário.

TJ afasta envolvimento de secretário

Diante da citação do nome de Marcelo Rangel, que detém prerrogativa de foro, a investigação foi imediatamente interrompida e remetida para o Tribunal de Justiça do Paraná — a quem cabe investigar e julgar secretário de Estado. No entanto, o desembargador Miguel Kfouri Neto despachou devolvendo os autos para a 3a Vara Criminal de Ponta Grossa, por entender que não havia indício de envolvimento de Marcelo Rangel no caso — mesma conclusão a que chegou a Subprocuradoria-Geral de Justiça Para Assuntos Jurídicos, vinculada à Procuradoria Geral de Justiça do MP.

O juiz Thiago Bertuol de Oliveira, da 3° Vara Criminal de Ponta Grossa, determinou o desmembramento e compartilhamento das investigações aos juízos de Curitiba, Castro, Lapa e Foz do Iguaçu.

(Com informações do Gaeco, Ministério Público do Paraná, Portal da Transparência do Governo do Paraná)

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