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Disputa eleitoral do Sindicado dos Servidores de Carambeí vai parar na Justiça

Disputa eleitoral do Sindicado dos Servidores de Carambeí vai parar na Justiça
  • Publishedjulho 22, 2025

 

Disputa eleitoral do Sindicado dos Servidores de Carambeí vai parar na Justiça. (Foto/Reprodução)

A eleição para a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Carambeí (Sindserv), realizada em 30 de junho de 2025, está sendo contestada na Justiça do Trabalho.

Dois sindicalizados, Valério Cristiano Sebastião e Luis Ricardo Santos da Paz, protocolaram uma Ação de Anulação de eleição sindical na Vara do Trabalho de Castro, alegando falta de transparência e irregularidades que teriam cerceado a participação de chapas de oposição.

A ação pede a anulação do pleito e a nomeação de um interventor pelo Ministério Público do Trabalho de Castro para organizar novas eleições. Os autores da ação, apoiados por um grupo de sindicalizados, alegam que a atual diretoria, que comanda o sindicato há mais de 20 anos, não divulgou de forma adequada os procedimentos e prazos eleitorais.

Eles afirmam que só tomaram conhecimento do término do mandato e da necessidade de um novo pleito através de uma publicação judicial, e que suas tentativas de obter informações sobre o registro de chapas foram frustradas. Em um dos episódios citados, o presidente do sindicato teria removido vários servidores de um grupo de WhatsApp oficial após ser questionado sobre as eleições.

Valério Cristiano Sebastião, um dos autores da ação, deu detalhes ao Portal Mareli Martins sobre o que motivou a judicialização do caso. Para ele, a forma como a eleição foi conduzida violou os princípios constitucionais de transparência e isonomia, além das normas estatutárias do próprio sindicato.

“A forma que foi conduzida deixou claro o favorecimento a mesma chapa reeleita, por aclamação… a grande verdade é que se não tem um rito a seguir, seguido e suprimido informações, é lógico que o impacto foi no cerceamento da participação de outras chapas, inclusive a nossa futura chapa”, declarou.

Sebastião também questionou a publicidade dos atos eleitorais. Ele criticou a decisão de publicar o edital de convocação das eleições em um jornal de Ponta Grossa, cidade vizinha, em vez de um veículo de maior circulação em Carambeí, contrariando o que ele entende como uma prática transparente.

“Se você quer dar ampla transparência, por que publicar um edital apenas em um jornal na cidade de Ponta Grossa, de baixa circulação no município de Carambeí, divergindo do estatuto que fala sobre a base territorial onde funciona o sindicato?”, questionou.

Além da anulação do pleito, os autores da ação buscam a intervenção do MPT para garantir um novo processo eleitoral. Segundo Sebastião, a expectativa é que “o MPT nomeie uma nova comissão eleitoral e acompanhe todos os trabalhos e que sejam amplamente divulgados os editais de todos os atos, sem que os sindicalizados precisem implorar informações ao SindServ”.

Ele finaliza reforçando a confiança na justiça: “Nossa expectativa é que tudo se resolva na maior lisura, respeito e direito à participação de todos, com facilidade de informações e sem favorecimentos pessoais a ninguém. Se perde no voto, temos que aceitar o pleito.”

O caso agora segue para a análise da Justiça do Trabalho, que decidirá sobre a legalidade do processo eleitoral e o futuro da representação sindical em Carambeí.

Veja a ação

Ação de Anulação de Eleição Sindical (1)

Nota à imprensa

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Com a colaboração de Levi de Brito Cantelmo, estagiário de Jornalismo, conforme convênio de estágio firmado entre o Portal Mareli Martins e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

 

 

 

 

 

 

 

 

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