
Desde a operação no Rio de Janeiro, a segurança pública passou a ser o tema que mobiliza o Congresso, o que tem gerado preocupação na equipe do presidente Lula pelo potencial de desgaste na imagem do governo.
Nesta terça-feira (4), será instalada no Senado a CPI do Crime Organizado, enquanto na Câmara dos Deputados a Comissão de Constituição e Justiça pode votar o projeto que equipara organização criminosa a organização terrorista.
O governo quer evitar que a CPI do Crime Organizado fique no comando de senadores da direita alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Autor do requerimento de criação da CPI, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) deve ser o relator.
A disputa pela presidência da comissão está em aberto. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) quer ser o presidente da CPI, mas o governo trabalha pelo nome do senador Fabiano Contarato (PT-ES), sob a justificativa de que ele é um delegado aposentado da Polícia Civil.
Em relação ao projeto que equipara organizações criminosas a organizações terroristas, o governo sabe que enfrentará dificuldades para evitar a aprovação da proposta.
Pesquisa: quase metade do eleitorado acha que segurança pública piorou com Lula
Quase metade do eleitorado acha que a situação da segurança pública no Brasil piorou desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o cargo para o seu terceiro mandato, segundo levantamento feito entre os dias 21 e 24 de outubro pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado nesta quarta-feira, 29.
De acordo com a pesquisa, 45,8% dos entrevistados dizem que a situação da segurança pública piorou na atual gestão, enquanto apenas 33,9% dizem que nada mudou (“permaneceu igual”). Apenas 17,2% dos pesquisados afirmaram que o quadro no combate à criminalidade melhorou na atual administração de Lula.





