Eleições 2018: Beto Richa e Requião trocam farpas


Os pré-candidatos ao Senado, o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) e o senador Roberto Requião (MDB), voltaram a trocar acusações. As brigas entre eles já são tradicionais, principalmente em ano eleitoral. Basta lembrar do cenário da disputa ao Governo do Estado, em 2014. E novamente eles já partiram para o ataque. Neste ano a disputa de Requião e Richa é por uma vaga ao Senado.
Beto Richa disse nesta quarta-feira (16), em entrevista aos jornalistas Rogério Galindo e Euclides Cunha, da Gazeta do Povo, que não tolera as acusações do senador. “Não aceito que venha apontar o dedo sujo na minha cara”.
Ainda durante a entrevista à Gazeta, Richa desafiou Requião para um debate. “Estou farto de ser criticado pelo Requião. Quero comparar nossas gestões, sobretudo no campo ético. Ele me acusa, se aproveita de forma oportunista, como sempre foi. Tenho dois processos de investigação, ele saiu com mais de uma centena. Não aceito que venha apontar seu dedo sujo na minha cara”, declarou.
Em sua página no Facebook, o senador Roberto Requião respondeu Beto Richa. “Recebi telefonemas de todo o Paraná dizendo que estou sofrendo agressões pesadíssimas do Richa. Ele está desesperado. Ele perdeu completamente o equilíbrio. Ele sofre acusações pesadíssimas do Ministério Público, da Quadro Negro, com o Eduardo Lopes, falando em desvio das escolas e até das merendas das crianças, da Publicano, desvio de dinheiro da receita para campanha eleitoral. O Richa está em ‘palpos de aranha’. Não é comigo que ele tem que conversar agora. Ele tem que conversar com a Polícia, com o Ministério Público e com o judiciário. Richa vá procurar sua turma, a turma do camburão”, rebateu Requião.
E as brigas continuaram nas redes sociais:
Fachin autoriza inquérito para investigar repasses da J&F a políticos da cúpula do MDB
O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou abertura de um inquérito para investigar se houve repasses de cerca de R$ 40 milhões da J&F a políticos do MDB durante a campanha eleitoral de 2014. Segundo a procuradora-geral, Raquel Dodge, as suspeitas são baseadas nas delações premiadas de Sérgio Machado, ex-senador pelo MDB e ex-presidente da Transpetro, e de Ricardo Saud, ex-executivo da J&F.
Nos depoimentos, Sérgio Machado disse ter chegado ao conhecimento dele que a JBS, empresa do grupo J&F, faria doações à bancada do MDB do Senado em 2014 no valor de R$ 40 milhões, a pedido do PT.
Ainda de acordo com o delator seriam beneficiados com a doação os senadores do MDB, Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR), Eunício Oliveira (CE), Vital do Rêgo (PB), hoje ministro do Tribunal de Contas da União, Eduardo Braga (AM), Edison Lobão (MA), Valdir Raupp (RO) e Roberto Requião (PR), “dentre outros”.
Requião diz que notícia é “fake news”
O senador Roberto Requião (MDB-PR) afirmou que o Estadão e a Gazeta do Povo mentem e disseminam fake news sobre suposta a investigação do MDB do Paraná, que ele preside, sobre um suposto esquema de pagamentos milionários da JBS. O parlamentar divulgou um extrato do pedido de abertura de inquérito, solicitado pelo ministro Edson Fachin, do STF, que segundo ele desmente a notícia falsa.
Em nota, o MDB afirmou que “repudia mais uma tentativa de criminalização da política”. “Esperamos que a conclusão deste inquérito seja rápida e acreditamos que ao final a verdade será restabelecida”, defendeu a legenda em nota.