Ministério Público pede cassação das candidaturas de Cida Borghetti e Beto Richa


O Ministério Público Federal (MPF) pediu a abertura de Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra os candidatos Cida Borghetti (PP) e Beto Richa (PSDB). Também são alvos do pedido o prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN), a prefeita de Fernandes Pinheiro, Cleonice Schuck, o candidato a vice-governador na chapa de Cida, Coronel Malucelli (PMN) e os suplentes de Richa, Nelson Padovani (PSDB) e Maria Iraclesia (PSDB).
Segundo a procuradoria, Beto Richa aproveitou que era governador do Paraná para aprovar emendas parlamentares apenas para sua base aliada, visando o apoio deles para as eleições de 2018. Além disso, o Ministério Público Federal afirmou que Richa fez propaganda pessoal, com a ajuda de Cida Borghetti, pensando nas eleições.
De acordo com a Procuradoria, Richa foi convidado por Cida para participar de dez eventos oficiais de governo, embora já tivesse deixado o cargo para concorrer ao Senado. Para a procuradora Eloísa Helena Machado, isso configura abuso do poder político.
Segundo ela, “além de realizar a promoção pessoal” de Beto Richa nos eventos, a governadora Cida “buscou se beneficiar com o prestígio conquistado pelo candidato durante sua gestão”.
Cida Borghetti, Rafael Greca e Cleonice Schuck, segundo a Procuradoria Regional Eleitoral, beneficiaram Beto Richa ao divulgar obras estaduais feitas após ele deixar o Executivo como se fossem de sua autoria.
Essas práticas configuram abuso do poder de autoridade em benefício de candidato, destacou o MPF. Por isso, os procuradores pediram que Richa e Cida tenham seus registros de candidatura cassados. A procuradoria ainda requereu a inelegibilidade por oito anos dos dois e de Rafael Greca e Cleonice Schuck.
O outro lado:
Beto Richa
Em nota, a campanha de Richa informou que a ação da Procuradoria “não tem cabimento, pois eram eventos públicos anteriores ao período eleitoral nos quais o ex-governador Beto Richa foi convidado e neles não praticou qualquer ato administrativo”.
Cida Borghetti
A assessoria de imprensa da governadora, Cida Borghetti, relatou que não houve “qualquer atuação em benefício da candidatura do ex-governador”, já que, à época, ambos não eram candidatos ainda. “A presença em eventos pontuais e públicos não teve finalidade eleitoral. Os devidos esclarecimentos serão prestados após a notificação, visando demonstrar a improcedência da ação”.
(Com informações dos jornais Gazeta do Povo e O Globo)