Nova tarifa do transporte em Ponta Grossa será definida em até quinze dias


Nesta quarta-feira (31) o Conselho Municipal dos Transportes (CMT) realizou mais uma reunião para discutir o novo valor da tarifa de ônibus em Ponta Grossa. Agora os conselheiros vão analisar os dados da planilha de custos da Viação Campos Gerais fornecidos pela Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes (AMTT). Atualmente o valor da passagem de ônibus é de R$ 3,80.
Para o presidente do CMT, Carlos De Mário, a questão do aumento da tarifa já deveria ter sido resolvida. “Acredito que isso já protelou-se demais. Os conselheiros têm o prazo de até 15 dias para decidir por um valor. Mas isso pode ocorrer antes”, disse.
Carlos De Mário assumiu a presidência do CMT depois que Celso Alves renunciou o cargo. Ele representava a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e renunciou depois que a prefeitura transformou o conselho em deliberativo. Mas vale dizer que, na prática, isso não muda nada em relação ao papel do CMT e da prefeitura. Quem tem o poder de acatar ou não o aumento da tarifa é o prefeito Marcelo Rangel (PSDB). Esta responsabilidade não é do Conselho de Transportes.
A discussão começou em fevereiro de 2019, mas foi suspensa após ação judicial feita pelo deputado federal Aliel Machado (PSB). A Viação Campos Gerais (VCG) recorreu e perdeu em três decisões da Justiça ao tentar retomar as discussões sobre o reajuste. E no final do mês de maio conquistou judicialmente o direito para retomada do trâmite do aumento da tarifa.
Na ação feita pelo deputado Aliel Machado foram apontadas irregularidades, como os apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) e que não foram cumpridos.
No ano passado o TCE orientou a empresa e a Prefeitura de Ponta Grossa a promoverem oito alterações no sistema, visando melhorias no processo de transparência do serviço realizado pela VCG, reformas em terminais e adequação de paradas de ônibus, por exemplo.
O presidente presidente da Associação dos Usuários do Transporte Coletivo de Ponta Grossa (Autrans), Luiz Carlos Gorchinski, participou da reunião desta quarta-feira e afirmou que está preocupado com o impacto na tarifa do transporte por conta do repasse do Fundo de Assistência Sindical feita pela empresa concessionária ao Sintropas. “No ano passado, a Procuradoria Geral do Município deu parecer contrário ao impacto na planilha do repasse de auxílio à saúde ao Sintropas pela Viação Campos Gerais”, afirmou.