Pauliki diz que “não será segunda opção de ninguém” e critica Acipg por envolvimento em campanha política
O empresário e ex-deputado estadual Marcio Pauliki (SD) disse que vai “recuar” da pré-candidatura a prefeito de Ponta Grossa por “questões de saúde”. A declaração foi nesta segunda-feira (16), durante entrevista à Rádio T e ao Blog da Mareli Martins. (Ouça a entrevista completa no final do texto)
“Eu estou fazendo um tratamento de saúde desde o mês de outubro, eu tenho um tratamento de três meses pela frente, então vou me recolher, pois se não tiver saúde, não tem candidatura”, declarou Pauliki.
Pauliki sempre foi muito próximo de empresários ligados à Associação Comercial, Industrial e Empresárial de Ponta Grossa (Acipg) e já presidiu a instituição entre os anos de 2010 e 2012.
No entanto, empresários, incluindo o presidente da Acipg, Douglas Taques Fonseca, estão tentando convencer o juiz federal Antônio César Bochenek a sair candidato representando este grupo.
Pauliki disse que a Acipg e o presidente da instituição não deveriam misturar a gestão com ideologias partidárias.
“Fiz uma gestão técnica e administrativa quando fui presidente da Acipg. Nós fizemos política apartidária, um trabalho institucional, buscando representar todos os associados. Acredito que a Acipg não pode ir para o lado ideológico, mesmo que isso venha do presidente, pois ele respresenta a instituição. Não acho correto isso, mesmo que estivessem me apoiando. A Acipg tem mais de quatro mil associados e cada um tem uma cabeça e uma sentença”, disse o empresário.
Mas e se a candidatura de Bochenek não decolar? Será que Pauliki aceitaria sair candidato com o apoio da Acipg? Pauliki respondeu essa pergunta, dizendo que não vai aceitar ser apoiado por exclusão ou como um segundo nome. “Não tenho quer ser segunda opção de ninguém”, afirmou.
Atualmente, Pauliki tem feito articulações junto com o pré-candidato e deputado Aliel Machado (PSB) e o radialista e apresentador de TV, Jocelito Canto (PSC). Em público, Pauliki não costuma falar sobre Aliel, mas fez elogios a Jocelito Canto e ao juiz Antônio César Bochenek.
“Jocelito é uma pessoa que tem grande experiência e temos uma boa relação. O juiz Bochenek, independente de ser juiz, faz um trabalho social muito importante”.
Qual modelo Pauliki defende para gestão da prefeitura?
Sobre o modelo que defende para a prefeitura, o empresário destacou a gestão técnica. “Este é o momento de discutir projetos técnicos para Ponta Grossa, isso que as pessoas querem. Ninguém quer mais os políticos de carreira, que trocam cargos por apoios. Precisamos de uma gestão técnica”, afirmou.
O empresário tem divulgado o seu projeto PG + 200, que reúne ideias para governar Ponta Grossa. “Após mais de seis meses de coletas de dados e troca de ideias com lideranças comunitárias, empresariais e políticas de nossa cidade, nós reunimos um banco de dados com mais de 42.000 participações, com as melhores sugestões para os desafios e o futuro de Ponta Grossa”, explicou.
O projeto pode ser acessado pela internet: http://www.pgmais200.com.br/
Desaparecimento de assinaturas da Acipg foi relembrado na entrevista de Pauliki
Pauliki falou sobre a coleta de assinaturas para diminuir de 23 para 15 o número de vereadores, na gestão de Pauliki na Acipg (2010-2012), mas as assinaturas sumiram.
“Não foi essa lista que sumiu?”, questionaram os jornalistas da T. Pauliki confirmou a informação. “Sim. Foi essa lista que sumiu, logo após a minha gestão. A lista nunca mais apareceu”, afirmou Pauliki.
Essa lista que sumiu faz parte dos “mistérios da meia noite que voam longe” em Ponta Grossa. Muitas coisas ainda não foram explicadas, como o falso sequestro da ex-vereadora Ana Maria (PT). Até hoje tem gente que fica “arrepiado” quando falamos nesse assunto.
Ouça a entrevista completa:
