Justiça determina multa diária de R$ 30 mil e professores desocupam prédio da Alep: grupo continua protesto em frente ao Palácio do governo


A Justiça do Paraná determinou a desocupação do prédio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), por parte dos professores. O grupo ocupou o prédio na tarde desta quarta-feira (18) em protesto ao edital do Processo Seletivo Seriado (PSS). A Justiça determinou multa diária de 30 mil para a APP-Sindicato, em caso de descumprimento.
A liminar que autoriza a reintegração de posse foi concedida à Alep na noite desta quarta-feira (18) pelo juiz substituto Fábio Machado.
Os manifestantes que deste a tarde de ontem (18) ocupavam parte do prédio da Assembleia Legislativa do Paraná deixaram o local por volta das 10h40 desta quinta-feira (19). De forma pacífica, os manifestantes recolheram seus pertences e saíram do local em fila.
Mas o presidente do APP Sindicato, que representa a categoria, Hermes Leão, disse que o sindicato vai recorrer da decisão da Justiça. “Esperamos que não haja emprego da força para nos tirar daqui”.
Professores informaram que vão permanecer em frente ao Palácio Iguaçu e que iniciaram uma greve de fome. Conforme a APP, cerca de 75 pessoas estavam na ocupação e outras cerca de 300 pessoas aguardavam a saída ao lado de fora.
Mais cedo, o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSDB), havia anunciado que manteria aberto o diálogo com o grupo de manifestantes e que o uso da força policial não era a solução para o impasse. “Eu entendo que decisão de justiça tem que ser cumprida. Eles não estão mais desrespeitando só o Poder Legislativo. Estão desrespeitando a Justiça, deixando de cumprir uma determinação de um juiz que arbitrou uma multa de R$ 30 mil dia caso permaneçam aqui no prédio. Nós não vamos usar a força. Jamais. Mas a segurança da estrutura do prédio e dos servidores da Casa tem que ser mantida, por isso nós contamos com o apoio de policiais para dar essa segurança, mas não iremos afrontá-los”.
Segundo a APP-Sindicato, a manifestação tem como objetivo a revogação do edital de contratação de profissionais pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS). A categoria é contra a realização das provas do PSS, anunciadas pelo governador Ratinho Junior (PSD). Servidores também são contrários a cobrança de taxas para a realização das provas.
Conforme dados da APP-Sindicato, atualmente são mais de 20 mil professores e cerca de 10 mil funcionários com contratos temporários no Paraná.