PSOL quer investigar venda irregular de lotes da Prolar em PG


Mais de 23 mil pessoas estão na fila de espera por moradia popular em Ponta Grossa. Há mais de 10 anos, a Prefeitura de Ponta Grossa não desenvolve programas de moradia popular.
Além disso, o mandato coletivo do PSOL pretende abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias sobre venda irregular de lotes da Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), por parte da Prefeitura de Ponta Grossa. Estes lotes deveriam ser destinados às pessoas que estão em vulnerabilidade social.
Guilherme Mazer, do mandato coletivo do PSOL na Câmara de Ponta Grossa, disse que existem diversas denúncias sobre irregularidades na venda de lotes da Prolar.
“Percebemos, desde o ano passado, indícios de irregularidades na venda de lotes da Prolar, começando pelo valor dos lotes que podem estar sendo subvalorizados, são lotes que custam cem mil reais e foram vendidos por sessenta mil”, afirmou Guilherme Mazer.
O mandato do Psol destacou a ilegalidade em relação a verdadeira função social dos lotes localizados no Parque das Andorinhas e no Parque dos Sabiás.
“Outro ponto é que o Parque das Andorinhas e o Parque dos Sabiás foram loteamentos feitos pelo Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e receberam recursos federais em 2010 para isso. Esse fundo deveria atender pessoas em vulnerabilidade social, que só podem ter sua moradia por meio desses programas e estes lotes ficaram abandonados pela prefeitura de Ponta Grossa”, disse Mazer.
O PSOL vai tentar abrir a CPI na Câmara de Ponta Grossa para investigar as irregularidades. “Já estamos coletando as assinaturas para abrir a CPI, precisamos de seis vereadores que estejam a favor da abertura. E dessa forma, pretendemos investigar estas irregularidades a venda de lotes da Prolar”, afirmou.
Fazem parte do mandato coletivo do PSOL em Ponta Grossa: Josi Kieras, Ana Paula de Melo, João Luiz Stefaniak e Guilherme Mazer.
Ocupações em Ponta Grossa
Atualmente, Ponta Grossa conta com uma ocupação no Parque das Andorinhas. São cerca de 700 famílias no local. Recentemente o movimento Luta Campo e Cidade tentou uma nova ocupação no Parque dos Sabiás, mas a prefeitura retirou as famílias do local, por meio da Polícia Militar.
Na última sexta-feira (11), a justiça concedeu liminar de interdito proibitório para novas ocupações em áreas do município de Ponta Grossa. A decisão foi expedida na última sexta-feira (11) pela Juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública, Jurema Carolina da Silveira Gomes. Conforme a medida, não podem ocorrer novas ocupações de terrenos de propriedade pública, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, aos integrantes do movimento.
OUÇA A DECLARAÇÃO DE GUILHERME MAZER

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A FNL FRENTE NACIONAL DE LUTA CAMPO E CIDASE seguirá na luta para desmontar a máfia de venda de terras públicas.