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Justiça autoriza recontratação de cubanos do Mais Médicos

Justiça autoriza recontratação de cubanos do Mais Médicos
  • Publishedjaneiro 30, 2023
Registro da chegada ao Brasil, em 24 de agosto de 2013, dos 206 médicos cubanos que atuaram na primeira etapa do programa Mais Médicos por meio de acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). (Foto: Karina Zambrana – ASCOM/MS)

A Justiça Federal decidiu autorizar a recontratação de médicos cubanos que atuaram no programa Mais Médicos.A decisão foi assinada na sexta-feira (27) pelo desembargador Carlos Augusto Pires Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), sediado em Brasília, e atendeu ao pedido de reintegração dos profissionais feito pela associação que representa 1,7 mil intercambistas cubanos que ficaram no Brasil.

A entidade argumentou que médicos que chegaram ao país para trabalhar no programa Mais Médicos, criado em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), não tiveram o vínculo renovado durante o programa Médicos pelo Brasil, criado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Segundo a Associação Nacional dos Profissionais Médicos Formados em Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Aspromed), os profissionais cubanos selecionados no 20º ciclo do programa tinham contrato de dois anos de forma improrrogável, enquanto o edital para os demais intercambistas previa três anos de trabalho, que poderiam ser renováveis.

Ao analisar os argumentos, o desembargador destacou a importância do programa para o atendimento da população que vive em municípios carentes e para auxiliar na crise humanitária envolvendo os indígenas yanomami.

“O programa permite implementar ações de saúde pública de combate à crise sanitária que se firmou na região do povo indígena yanomami. Há estado de emergência de saúde pública declarado, decretado por intermédio do Ministério da Saúde”, afirmou o magistrado.

Segundo o desembargador, a decisão também envolve questões humanitárias dos médicos cubanos que ficaram no Brasil.

“Mostra-se evidente a quebra de legítima expectativa desses médicos, que, em sua ampla maioria, já constituíram famílias em solo brasileiro. Após contratações juridicamente perfeitas de seus serviços por parte da União, que se prolongaram no tempo, afigura-se verossímil imaginar que os médicos cubanos aqui representados reprogramaram as suas vidas, segundo as expectativas formadas a partir dessas contratações, e parece justo reconhecer que agora pretendem permanecer no Brasil”, concluiu.

No fim de 2018, o governo cubano determinou o retorno dos profissionais após desacordo com declarações do então presidente eleito Jair Bolsonaro em relação a mudanças sobre as regras para que os médicos permanecessem no programa, como realização das provas do Revalida, exame para avaliar os conhecimentos sobre medicina, receber salário-integral e opção de trazer familiares para o Brasil.

EM 2014, PONTA GROSSA RECEBEU 60 MÉDICOS CUBANOS

Registro da chega dos médicos cubanos em Ponta Grossa, no ano de 2014.(Foto: PMPG)

Em 2014, no primeiro governo do ex-prefeito Marcelo Rangel (PSD), Ponta Grossa contou com o trabalho de 60 médicos cubanos, que atendiam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), na chamada Atenção Primária ou Básica.

Na época, o próprio prefeito reconheceu que “se não fossem os médicos cubanos, a situação da saúde de Ponta Grossa seria pior”.

Relembre a chega dos médicos cubanos em Ponta Grossa

https://pontagrossa.pr.gov.br/node/17208

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marelimartins

Mareli Martins é jornalista por formação e possui nove anos de atuação na área. Registro profissional: 9216/PR Objetivo do blog: Transmitir credibilidade aos leitores. O blog não possui parceria com nenhum grupo político. A intenção é disponibilizar um canal diferenciado, independente, sem amarrações políticas, com o compromisso de relatar a notícia com responsabilidade e profissionalismo.

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