O Banco Central informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (5) que cumpriu a ordem de bloqueio das contas bancárias e ativos financeiros da deputada federal Carla Zambelli (PL). A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes um dia antes.
A deputada saiu do Brasil semanas após ser condenada a dez anos de prisão pela Corte, pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou a prisão, argumentando que a deputada fugiu do país para evitar o cumprimento da pena.
A ordem de Moraes abrangeu não apenas as contas bancárias, mas também transferências via Pix, cartões de crédito, aplicações em fundos de investimentos, previdência privada, cartas de consórcio, ouro e criptomoedas. O Banco Central comunicou a todas as instituições financeiras do país sobre o bloqueio.
Em entrevista a uma rádio de São Paulo, Zambelli afirmou ter saído do país para buscar tratamento de saúde e que pediria licença do mandato. Através de sua assessoria, ela informou que desembarcou em Roma, na Itália, com a intenção de permanecer no país utilizando de sua cidadania dupla.
Diante da suposta fuga, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de um novo inquérito para investigar a deputada pelos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação. Moraes acredita que Zambelli estaria adotando o mesmo “modus operandi” do parlamentar Eduardo Bolsonaro (PL), que atualmente está nos EUA e é investigado por supostamente incitar medidas contra as autoridades brasileiras.
(Com a colaboração de Levi de Brito Cantelmo, estagiário de Jornalismo, conforme convênio de estágio firmado entre o Blog da Mareli Martins e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
