Estado pede que Polícia Civil investigue protestos dos professores contra privatização das escolas

A Procuradoria-Geral do Estado do Paraná (PGE) alega que os “manifestantes invadiram a Assembleia” e que foi uma “conduta antidemocrática”.

O governo de Ratinho Jr (PSD) por meio da Procuradoria-Geral do Estado do Paraná (PGE) pediu que a Polícia Civil investigue a manifestação dos professores e alunos na a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) no dia 3 de junho. O protesto foi contra a privatização da gestão das escolas públicas. Com medo dos professores, 39 deputados fugiram do plenário e aprovaram o projeto em sessão remota. Dentre eles dois dos Campos Gerais, Marcelo Rangel e Moacyr Fadel, ambos do PSD.

A PGE alega que os “manifestantes invadiram a Assembleia” e que foi uma “conduta antidemocrática”. “Não concordar faz parte da democracia. Agora, impedir o exercício dos poderes constituídos e incentivar o descumprimento de decisões judiciais, pra mim isso não é democracia”, disse o procurador-geral do Estado, Luciano Borges.

O procurador afirmou também que os “manifestantes quebraram uma porta de vidro e ocuparam as galerias da Assembleia”.

Segundo o procurador Luciano Borges, “a conduta dos manifestantes pode ser enquadrada como emprego de violência ou grave ameaça para abolir o Estado Democrático de direito”.

APP Sindicato diz que manifestação não impediu a votação do projeto

Conforme a  presidente da APP Sindicato, Walkíria Olegário, a ocupação nas galerias não suspendeu o funcionamento da sessão da Ale e disse ainda que não houve ato antidemocrático.

“Não houve a paralisação dos atos, mesmo com a entrada dos manifestantes. O plenário ficou preservado, os deputados é que preferiram se retirar e participar da sessão de forma remota. Há uma clara intenção de criminalizar do movimento perante a sociedade paranaense”, disse.

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