Governo recusa proposta da Oposição e a greve dos professores continua

O governador Beto Richa (PSDB) segue irredutível na negociação com os professores. Richa recusou a proposta da bancada da Oposição da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), apresentada nesta segunda-feira (1º). Com isso o governo insiste em conceder 3,45% neste ano, parcelado em três vezes e 8,05% no ano de 2016, com a antecipação da data-base de maio para governo.

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta terça-feira (2), Beto Richa, pediu a compreensão dos professores. “A categoria precisa ter bom senso, para que as aulas voltem a sua normalidade. Nós ofertamos aquilo que podemos cumprir. Nossos alunos estão sendo prejudicados com essa greve. O que ofertamos é irrecusável”, afirmou Richa.

O presidente da Alep, deputado Ademar Traiano, disse que o projeto não será votado em regime de urgência. “O projeto será votado em trâmite normal, a menos, que seja solicitado o regime de urgência. Acredito que o Paraná precisa voltar ao normal e os professores precisam entender isso”, disse Traiano.

A secretária de Finanças da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, repudiou a atitude do governo. “São vários pontos que fazem parte da negociação. Já não estamos mais falando dos 8,17% em pagamento único. Abrimos a o diálogo para os parcelamentos, no entanto, o governo zerou as negociações. Não podemos aceitar um valor abaixo da reposição que é nosso direito. Infelizmente o diálogo não está fluindo”, lamentou Marlei.

A proposta da Oposição

A bancada da Oposição apresentou a proposta de que o reajuste de 8,17% ainda neste ano. Sendo 3,45% concedidos no mês de outubro e os 4,72% restantes, no mês de dezembro. A Oposição também defende que a data-base seja mantida no mês de maio.