E agora, Pauliki? Vai ficar “em cima do muro” no segundo turno?


As coisas não andam nada boas para o deputado Marcio Pauliki (PDT). Depois de acertar com o governador Beto Richa (PSDB), em Curitiba, Pauliki desistiu da disputa pela prefeitura de Ponta Grossa e apoiou Júlio Küller (PMB). O deputado afirmou que levaria Küller para o segundo turno. Mas isso não aconteceu.
Essa decisão gerou rachas dentro do PDT. Antes disso, Pauliki chegou a dizer que se não fosse candidato, lançaria o empresário Roberto Mongruel, dizendo que o PDT teria candidatura própria.
O problema é que Pauliki declarou que não apoiaria Aliel Machado (Rede Sustentabilidade), pelo fato do deputado ter o apoio do PT e ter votado contra o impeachment. Antes dessa votação, Marcio Pauliki chegou a cogitar uma aliança com Aliel Machado. É preciso lembrar, que Pauliki critica a ligação de Aliel com o PT, mas esquece de dizer que também teve o apoio do PT, em sua candidatura a deputado estadual.
No cenário local, Pauliki é visto com o um dos principais inimigos de Marcelo Rangel e do deputado federal Sandro Alex. E mesmo estando com Beto Richa, principal apoiador de Rangel, Pauliki não quer dar apoio “declarado” a Marcelo Rangel. Ou seja, não quer ir com nenhum dos candidatos.
Sendo assim, um possível apoio de Küller à Rangel, deixaria Pauliki com a imagem prejudicada. Vale lembrar, que quando desistiu da candidatura, Marcio Pauliki, automaticamente ajudou Marcelo Rangel quanto às chances de reeleição.
Pauliki estava em primeiro lugar em todas as pesquisas e tinha totais condições de vencer Rangel. Agora se Küller optar por apoiar o candidato Aliel Machado, sem dúvidas, os constrangimentos serão muito menores. Mas como em política não existe ética, tudo pode acontecer.
Nesta quarta-feira (5), o grupo de Marcio Pauliki vai se reunir com Julio Küller, para definir se o grupo apoiará algum dos candidatos. Nos bastidores a informação que circula é que Pauliki vai orientar o candidato para que fique neutro no segundo turno.
Pode ocorrer também uma separação dos grupos, ou seja, Küller pode apoiar um dos candidatos, com uma tendência maior de apoio a Aliel Machado. E Pauliki poderá optar por uma postura “neutra”. Aliás, é bem a cara do deputado ficar “em cima do muro”, mas sempre articulando os seus interesses nos bastidores. Marcio Pauliki vai disputar o cargo de deputado federal, em 2018.