Conselho de Ética arquiva processo que pedia cassação de Bolsonaro por homenagem a torturador


O Conselho de Ética da Câmara Federal decidiu arquivar o processo que pedia a cassação do mandato do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), por ter homenageado em plenário, o coronel Carlos Brilhante Ustra, conhecido como um dos torturadores, durante a ditadura militar. A decisão pelo arquivamento do processo ocorreu nesta quarta-feira (9) e contou com 11 votos a favor de Bolsonaro (pelo arquivamento) e apenas um voto contrário.
Votaram a favor de Bolsonaro (pelo arquivamento do processo de cassação) os deputados Sandro Alex (PSD-PR), André Fufuca (PP-MA), Laerte Bessa (PR-DF), Marcos Rogério (DEM-RO), Nelson Meurer (PP-PR), Capitão Augusto (PR-SP), Covati Filho (PP-RS), Ricardo Izar (PP-SP), Vinicius Carvalho (PRB-SP), João Carlos Bacelar (PR-BA), Júlio Delgado (PSB-MG). E apenas o deputado e relator do pedido, Odorico Monteiro (PROS-CE), votou pela continuidade da cassação do deputado.
O relatório do deputado Odorico Monteiro (PROS-CE) era favorável à continuidade do processo Bolsonaro, mas foi derrotado. O processo foi encaminhado, por que no mês de abril, durante a votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff, Bolsonaro fez homenagens ao coronel Carlos Brilhante Ustra,morto em 2015. Ustra foi um dos torturadores mais temidos na ditatura militar.
A tese que prevaleceu é a de que o deputado apenas expressou sua livre opinião política, amparado na inviolabilidade parlamentar, raciocínio reunido em relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO).