Médicos do Hospital da Criança de PG estão sem receber salário desde setembro e podem paralisar atividades


Os médicos que integram o corpo clínico do Pronto Atendimento Infantil (PAI) do Hospital da Criança Prefeito João Vargas de Oliveira denunciaram que os salários estão atrasados desde o mês de setembro. Os profissionais protocolaram um documento e encaminharam ao Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), informando sobre o atraso salarial. (veja o documento no final do texto).
Os médicos também enviaram uma carta alertando que se a prefeitura de Ponta Grossa não regularizar os salários ainda nesta sexta-feira (24), haverá paralisação. Dessa forma, vão funcionar apenas serviços de urgência e emergência.
A Prefeitura de Ponta Grossa negou a informação dos médicos e disse ,em nota, que os salários estão em dia.
Nota da Prefeitura
“Os médicos do corpo clínico do Hospital da Criança Prefeito João Vargas de Oliveira, assim como os demais 2.100 servidores lotados na Secretaria Municipal de Saúde, estão com seus salários rigorosamente em dia, inclusive a primeira parcela do 13º salário foi paga antecipadamente no dia 28/07/2017.
A Secretaria Municipal de Saúde possui contrato firmado com empresa de prestação de serviços médicos justamente para complementar a escala de trabalho dos profissionais pertencentes ao quadro próprio, competindo a esta o pagamento em dia dos profissionais médicos por ela contratados.
“Por força do contrato firmado entre as partes, a administração municipal tem prazo de 30 (trinta) dias para pagamento do valor dos serviços prestados, contados da data em que for feita a solicitação de pagamento. Em contato com o representante legal da contratada, foi assegurado que esse suposto atraso não é o posicionamento oficial da empresa e que não existe risco de paralisação dos serviços”.
“Paralisação só pode ocorrer com aviso de um mês de antecedência”, aponta o CRM-PR
O CRM-PR informou que uma possível suspensão das atividades do Hospital da Criança, só poderá acontecer com uma comunicação dos médicos com um mês de antecedência. Como o documento foi encaminhado na última quarta-feira (22), os serviços só poderão ser suspensos, se houver necessidade, a partir do dia 22 de dezembro de 2017.
Veja a documento protocolado pelos médicos: