Richa e esposa prestam depoimento nesta sexta


O ex-governador Beto Richa (PSDB) e a sua esposa Fernanda Richa, devem ser ouvidos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização (Gaeco) na manhã desta sexta-feira (14).
Ambos estão entre os 15 presos da Operação Rádio Patrulha, deflagrada pelo Gaeco na terça (11), e são suspeitos de envolvimento em um esquema de superfaturamento de contratos para manutenção de estradas rurais para o pagamento de propina para agentes públicos.
Richa e a ex-primeira-dama estão detidos no Regimento da Polícia Montada, da Polícia Militar (PM), em Curitiba.
Nesta quinta-feira (13) um dos três filhos de Richa, André Vieira Richa, esteve no local para depor como declarante por ser sócio de sua mãe na Ocaporã Administradora de Bens, empresa que pode ter sido usada para lavagem de dinheiro. André não é investigado na operação.
Foram ouvidos, ainda, alguns dos investigados: o empresário da Ouro Verde, Celso Frare; o ex-Diretor Geral da Secretaria de Infraestrutura do DER/PR, Aldair W. Petry; o contator Dirceu Pupo; o ex-secretário de cerimonial Ezequias Moreira e o irmão de Beto Richa e ex-secretário de Infraestrutura, Pepe Richa. Também nesta quinta-feira, o empresário Edson Casagrande, da Terra Brasil, que estava foragido, se apresentou na sede do Gaeco.
A Operação Rádio Patrulha investiga supostos desvios de verbas no programa Patrulha do Campo, entre 2012 e 2014. O programa foi criado com o objetivo de manter as estradas rurais do estado.
As investigações tiveram início com base na delação de Tony Garcia e apuram o pagamento de propina e posterior direcionamento de licitação para beneficiar os empresários envolvidos. Os contratos investigados somam R$ 72,2 milhões e seriam superfaturados. Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), 8% do valor – mais de R$ 5,7 milhões – era repassado aos agentes públicos.
(As informações são de Mariana Ohde – do Paraná Portal)