Justiça pede bloqueio de bens de Beto Richa


O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que responde por vários processos de corrupção, terá os bens bloqueados pela Justiça. Em uma ação civil pública que pede o ressarcimento de R$ 20 milhões aos cofres da prefeitura de Curitiba.
A decisão liminar é do juiz Guilherme de Paula Rezende, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. O processo apura suspeita de propaganda irregular nos anos de 2007 e 2008, período em que Richa era prefeito da capital.
Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), os materiais publicitários bancados pelo município tinham a inserção do símbolo capacete brande, em referência ao político – que também é engenheiro -, e dos slogans “Curitiba, a cidade da gente” e “Curitiba melhor pra Você”.
De acordo com o MP-PR, os materiais de 2007 e 2008 tinham, por exemplo, a inserção do símbolo capacete branco, em referência à Richa, que é engenheiro civil, e dos slogans “Curitiba, cidade da gente” e “Curitiba melhor pra Você”.
O juiz, na decisão que determinou o bloqueio de bens, afirma que a semelhança entre “Curitiba, cidade da gente” e a expressão usada na campanha eleitoral “Prefeito da gente” indicam que houve tentativa de identificação pessoal.
Nota de Richa
“A defesa informa que a questão já foi resolvida na justiça eleitoral, inclusive mediante o pagamento de multa.
Não obstante, a Procuradoria Geral do MP, no ano de 2011, instaurou procedimento para apurar o suposto ilícito praticado. Desde então, o feito dormitou no MP, o que ensejou, inclusive, a prescrição para o ajuizamento de ação de improbidade.
Em todo o período decorrido, o MP limitou-se a propor a realização de acordo, no valor de R$ 30 mil reais, a título de ressarcimento, o que não foi aceito pelo investigado, diante da plena regularidade de suas ações.
Em abril deste ano, referido valor, inexplicavelmente, transformou-se em R$ 300 mil reais.
Na data de 29/11/18, ao ser ajuizada ação de ressarcimento, o valor até então levantado pelo próprio MP, de forma absolutamente extraordinária, passou a ser de R$ 20 milhões de reais.
De modo a esclarecer as circunstâncias que se apresentam, basta ter acesso à íntegra do procedimento administrativo, que tramitou na PGJ e, a partir de abril deste ano, na promotoria do patrimônio público do MP. E diante disso, se defenderá na justiça.”
(As informações são de Ederson Hising, G1 PR )