“A prefeitura deveria fazer o controle em tempo real do número de passageiros, pois não existe fiscalização”, diz Aliel

Reajuste na tarifa do transporte de Ponta Grossa foi barrado pela Justiça após ação proposta pelo deputado Aliel Machado. (foto: Mareli Martins)
Diante das inúmeras irregularidades existentes no sistema de transporte público em Ponta Grossa, a juíza da 2ª vara da Fazenda , Dra. Luciana Virmond Cesar, determinou nesta quarta-feira (20), por meio de liminar, a suspensão do reajuste da tarifa. A decisão ocorreu em resposta a uma ação que foi proposta pelo deputado federal Aliel Machado (PSB).
Em entrevista à Rádio T e ao Blog da Mareli Martins nesta quinta-feira (21), Aliel destacou as falhas apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), mas disse que o que realmente impressiona é a falta de controle e transparência, principalmente em relação ao número real de passageiros. E a definição da tarifa é feita principalmente pelo cálculo do IPK (Índice de Passageiros por quilômetros rodados) e se não existe o controle desse número, como definem a tarifa?
“São falhas grotescas e graves no transporte público. Mas o que chama a atenção é a questão do número de passageiros, pois como não é emitida nota fiscal, o dinheiro que entra na empresa é de controle da própria empresa, mesmo o serviço sendo público. E mesmo que nós tivéssemos a contabilidade da empresa não teríamos essa informação”, disse Aliel Machado.
É preciso dizer que a concessão é da Viação Campos Gerais (VCG), mas o serviço é público. Isso significa dizer que a responsabilidade de fiscalização é da prefeitura de Ponta Grossa.
“Nós defendemos que o controle do número de passageiros seja feito em tempo real e integral pela prefeitura. Hoje isso é possível pelo sistema de bilhetagem eletrônica que já existe”, declarou Aliel Machado.
Ouça um trecho da entrevista com Aliel Machado:
Veja as irregularidades apontadas pelo TCE