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Richa é denunciado em mais um processo na Lava Jato: os crimes são de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação na PR-323

Richa é denunciado em mais um processo na Lava Jato: os crimes são de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação na PR-323
  • Publishedjunho 5, 2019
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Lava Jato denuncia Beto Richa por corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação na PR-323 (foto: Aen)

O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), aos poucos está se tornando o ‘Cabral do Paraná’. Os escândalos de corrupção são tantos, que é mais fácil perguntar ao tucano onde não houve corrupção. São denúncias nos pedágios, nas escolas, na saúde, nas licitações de rodovias, em programas como o Patrulha do Campo. A ficha é extensa e a tendência é aumentar.

A nova denúncia é da força-tarefa da Operação Lava Jato. Richa foi denunciado por corrupção, lavagem de dinheiro e fraude na licitação para as obras de duplicação na PR-323. A denúncia foi apresentada na nesta quarta-feira (5) à 23ª Vara Federal de Curitiba. Este é o quinto processo em que Beto Richa é indiciado, mas tem outros que seguem em trâmite.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o consórcio composto pela Odebrecht e Tucumann Engenharia foi favorecido na licitação de duplicação da rodovia que liga Maringá, no norte do Paraná, a Francisco Alves, no noroeste.
Conforme a denúncia, o grupo político do ex-governador recebeu vantagens indevidas de cerca de R$ 7 milhões para afastar potenciais concorrentes na licitação.

Além de Beto Richa, também foram denunciados José Richa Filho, irmão de Beto e ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Ezequias Moreira, ex-secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores, Luiz Abi Antoun, primo de Beto Richa, e Dirceu Pupo Moreira, contador de Beto Richa.

Os executivos da Tucumann Engenharia Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller também foram denunciados pelo MPF.

O ex-chefe de gabinete da gestão de Beto Richa, Deonilson Roldo, e outras dez pessoas, entre executivos da Odebrecht e operadores, já são réus nesta mesma investigação.

A investigação
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o Grupo Odebrecht fez, no primeiro semestre de 2014, um acordo ilícito com Deonilson Roldo para que a concorrência fosse limitada na licitação da Parceria Público-Privada (PPP) para as obras na rodovia.

O consórcio liderado pela Odebrecht e Tucumann Engenharia foi o único a participar da licitação e venceu. A estrada é considerada uma das mais perigosas do estado, mas a obra nunca saiu do papel.

Os procuradores afirmam que lançamentos registrados no sistema de contabilidade informal da Odebrecht mostram o pagamento de pelo menos R$ 3,5 milhões em espécie a Deonilson Roldo.

A denúncia cita também outra vantagem indevida, no valor R$ 3,4 milhões, em cotas de um imóvel cedidas a Beto Richa por executivos da Tucumann Engenharia.

A Parceria Público Privada (PPP) para reformas no local previa investimentos de mais de R$ 7 bilhões, a duplicação de 207 quilômetros da PR-323 e trechos com pedágio após a entrega da rodovia, além de 30 anos de concessão.

Do valor total, o contrato previa que R$ 3,6 bilhões seriam investidos em outras obras, além de manutenção, conservação e serviços aos usuários.

Palavra dos citados:
A defesa de Beto Richa afirmou que ele não cometeu nenhuma irregularidade e que “sempre esteve á disposição para prestar esclarecimentos, reiterando assim, a inocência do ex-governador e a confiança no Poder Judiciário”.

Veja os processos que Beto Richa responde como réu:

– Réu por corrupção passiva, obstrução de justiça, organização criminosa e prorrogação e vantagem indevida em contrato de licitação de obras em escolas públicas, na Operação Quadro Negro.

– Denunciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação em contratos para duplicação da PR-323.

– Réu por corrupção passiva e organização criminosa na Operação Integração, que investiga pagamento de propina por empresas de pedágio no Paraná.

– Réu por corrupção passiva e fraude a licitação na Operação Rádio Patrulha, que apura fraude em licitações para recuperação de estradas rurais, entre 2012 e 2014.

(Com informações de Pedro Brodbeck, G1 PR)

 

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marelimartins

Mareli Martins é jornalista por formação e possui nove anos de atuação na área. Registro profissional: 9216/PR Objetivo do blog: Transmitir credibilidade aos leitores. O blog não possui parceria com nenhum grupo político. A intenção é disponibilizar um canal diferenciado, independente, sem amarrações políticas, com o compromisso de relatar a notícia com responsabilidade e profissionalismo.

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