Justiça autoriza e vereador Valtão toma posse na Câmara de Ponta Grossa


A juíza Érica Watanabe autorizou a posse do vereador Walter José de Souza (PRTB), o Valtão. Ele segue em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, sendo réu no processo que investiga corrupção no EstaR Digital de Ponta Grossa. Valtão foi o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do EstaR Digital.
Na decisão, a juíza autorizou o deslocamento de Valtão exclusivamente para sua posse nesta quarta-feira (20), na Câmara dos Vereadores.
Decisão da Juíza

Por meio de nota, a Câmara dos Vereadores de Ponta Grossa confirmou a posse de Valtão. “Através de autorização judicial apresentada nesta Casa, concedida pela juíza Érika Watanabe, em pedido feito pelo vereador Valter José de Souza, o mesmo tomou posse para assumir o mandato como vereador, para o qual foi eleito para a Legislatura 2021-2024, no pleito de novembro último”, diz a Câmara de Ponta Grossa.
A Câmara destacou que apenas cumpriu a decisão judicial e o regimento interno. “Quando o diplomado não tomar posse na sessão de instalação, o que é este caso, poderá fazê-lo até quinze dias depois da primeira sessão ordinária da Legislatura.A Câmara precisa pautar suas ações de acordo com a legislação vigente e em consonância com as determinações do Poder”.
Nota Câmara de Vereadores de Ponta Grossa:

A prisão de Valtão:
O vereador foi preso no dia 15 de dezembro de 2020, durante a Operação Saturno, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). A operação investiga os crimes de corrupção envolvendo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Vereadores de Ponta Grossa sobre o EstaR Digital. Valtão foi o relator da CPI.
No mês de dezembro de 2020, ao negar o pedido de soltura de Valtão, a juíza Erica Watanabe relata que Valtão (requerente) confessou ter recebido R$ 15 mil de propina do empresário João Carlos Barbiero, que também está preso. Ambos estão na Penitenciária Estadual de Ponta Grossa. Barbiero também teve pedido de liberdade negado.
“Quando interrogado, o requerente (Valtão) disse que teria recebido uma gratificação por parte do investigado João Carlos Barbiero, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), advinda dos sócios da Cidatec e com a finalidade de alterar o relatório final da CEI em favor da empresa”, escreveu a juíza ao negar o relaxamento da prisão de Valtão.

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