Greve dos caminhoneiros pode começar na segunda-feira


O clima entre o governo Bolsonaro e representantes de caminhoneiros piorou com o aumento de 4.4% no preço do diesel, anunciado nesta semana pela Petrobras. Caminhoneiros já cogitavam greve para o dia 1º de fevereiro e após a alta no diesel a greve está mais próxima da realidade.
Mesmo assim, Bolsonaro acredita que a categoria não e entrará em greve. Nesta semana o presidente pediu a colaboração dos caminhoneiros e lembrou que eles o apoiaram durante a campanha eleitoral de 2018. “Vocês estiveram fechados comigo e estou fechado com vocês. Não entrem em greve”, pediu Bolsonaro.
Ministros garantem que o governo tem mantido um canal de diálogo com a categoria, mas dizem que não se pode menosprezar o potencial de gerar crises da categoria.
Agora, as negociações estão sob a responsabilidade do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, mas diversas outras pastas estão acompanhando os movimentos da categoria: Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ministério da Justiça e Advocacia-Geral da União têm articulado ações e conversas com intuito de mitigar efeitos de uma possível greve.
O governo segue na linha de que não vai abrir mão de aplicação de multas para evitar que haja fechamento de rodovias.
Categoria dividida
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou uma nota nesta quinta-feira (28) para afirmar que é contra a greve dos caminhoneiros, convocada para a próxima segunda-feira.
Assinada pelo presidente da entidade, Vander Costa, a CNT diz que “não apoia nenhum tipo de paralisação de caminhoneiros e reafirma o compromisso do setor transportador com a sociedade”.