Câmara de PG limita acesso e exige documentos para entrada da população: sessões iniciam na segunda

Na próxima segunda-feira (15), às 14h, terão início as sessões da Câmara Municipal de Ponta Grossa. Foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (10) a portaria 02/2021 que estabelece regras para a entrada da população que pretende acompanhar as sessões. (Veja a portaria completa no final do texto)

Conforme a portaria, somente 25 pessoas poderão acompanhar as sessões nas galerias da Câmara de Vereadores. Além disso, haverá um distanciamento de dois metros entre as pessoas nas galerias. E todos deverão utilizar máscaras.

Outra mudança é o cadastro que deverá ser feito para os visitantes. Todos os que ingressarem nas dependências da Câmara terão que fazer um cadastro e apresentar um documento com foto.

A Câmara dos Vereadores encerrou o ano de 2020 com muita polêmica, incluindo prisão de vereadores e mandado de busca e apreensão nos gabinetes na Operação Saturno, do Gaeco. Operação que investiga corrupção e fraude no EstaR Digital de Ponta Grossa.

E a nova legislatura começou o ano de 2021 com polêmicas também. As principais envolvem o pedido de cassação do vereador Walter José de Souza (PRTB),o Valtão, por quebra de decoro parlamentar, protocolado pelo presidente do diretório municipal do PRTB e ex-vereador, Sargento Guiarone, que foi alvo de mandado de busca e apreensão na Operação Saturno.

Valtão segue em prisão domiciliar e tomou posse do seu cargo no dia 20 de janeiro, em uma cerimônia às escondidas, visto que a imprensa só foi informada depois que o vereador foi empossado. Valtão foi o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do EstaR Digital, que é investigada por fraude e corrupção.

Na operação do Gaeco, no dia 15 de dezembro de 2020, também foi alvo de busca e apreensão o ex-vereador Vinicius Camargo (PSD) e o vereador reeleito Ezequiel Bueno (Avante), todos membros da CPI do EstaR Digital.

E houve ainda a prisão do ex-vereador Ricardo Zampieri (Republicanos), mas ele não é mais vereador, pois concorreu ao cargo de vice-prefeito ao lado de Marcio Pauliki (SD). Ricardo foi liberado da prisão e o Gaeco alegou falta de provas sobre seu envolvimento com as fraudes da CPI. O mesmo ocorreu com o ex-presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes (AMTT), Roberto Pelissari.

Outra polêmica envolve o vereador Felipe Passos (PSDB), que enfrenta acusação de uma assessor que disse que foi vítima de assédio sexual por parte do vereador. Além disso, assessores fizeram acusações de que Passos teria cometido o crime conhecido como rachadinha. Ou seja, assessores afirmaram que tinham que devolver parte dos salários para Felipe Passos. O vereador nega todas as acusações. Até o momento nada foi confirmado.

Mas por conta das acusações, o presidente do PSDB e ex-prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, encaminhou um ofício à Câmara pedindo abertura de sindicância para investigar as denúncias feitas contra Felipe Passos. O vereador Geraldo Stocco (PSB) disse que vai pedir a cassação do mandato de Passos.

Também houve confusão para a eleição da Mesa Diretora da Câmara. O próprio presidente eleito, Daniel Milla, teve sua candidatura questionada na Justiça e depois liberada.

Diante de tudo isso, nos resta torcer e rezar para que os vereadores também discutam temas de interesse da população de Ponta Grossa.

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