MP-PR abre inquérito para investigar caso dos microcrustáceos na água em Ponta Grossa


O Ministério Público do Paraná (MP-PR) abriu um inquérito para investigar a presença do microcrustáceo que surgiu nas represas do Alagados e do Pitangui e chegou às torneiras da população de Ponta Grossa. O processo do MP está na fase de questionamentos.
A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) informou que a espécie invasora de microcrustáceo apareceu na represa de Alagados e de Pitangui é muito parecida com o camarão.
“Pode ter sido ocasionado ocasionado por lançamento de agrotóxicos, dejetos humanos, lançamentos irregulares. Estamos em uma força tarefa tentando identificar o desequilíbrio do ecossistema e essa proliferação de forma descontrolada”, disse a, gerente-geral na companhia, Jeanne Cristina Schmidt.
Anteriormente, a Sanepar afirmou que o microcrustáceo não causa nenhum risco à saúde.
A Sanepar afirmou que como se trata de um microcrustáceo, não existe nenhum risco à saúde. “Ao passar pelo tratamento à base de cloro na estação de tratamento de água, o microcrustáceo é inertizado. As análises, organolépticas, fisico-químicas e microbiológicas realizadas pela Sanepar na estação de tratamento apontam que a água se mantém no padrão de potabilidade estabelecido pelo Ministério da Saúde”, disse a Sanepar.
A orientação é de que caso o cliente perceba qualquer alteração na água, deve informar imediatamente à Sanepar, para que a empresa faça a verificação diretamente no local e as descargas necessárias na rede de distribuição.
Prefeita Elizabeth cobra providências da Sanepar sobre qualidade da água
Após os relatos de moradores sobre a presença de pequenos organismos na água distribuída pela rede de abastecimento em Ponta Grossa, a prefeita Elizabeth Schmidt cobra providências da concessionária Sanepar sobre a qualidade da água. A empresa foi notificada pelo Município para prestar esclarecimentos com urgência sobre a situação e adotar todas as medidas necessárias para que a água atenda aos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde.
“É inadmissível que a população receba em casa uma água fora dos padrões mínimos de qualidade. Notificamos a concessionária, exigindo que tome imediatamente as medidas para resolução deste problema. A Secretaria de Meio Ambiente está acompanhando de perto essas ações e esteve no último sábado na represa Alagados, juntamente com IAT, Sanepar e Copel, verificando as investigações sobre a origem desta situação. Esperamos o resultado desta análise e solução do problema o mais rápido possível”, ressalta a prefeita.
Caso algum morador identifique alteração de sabor, consistência ou na coloração da água, a orientação é informar imediatamente os órgãos responsáveis. Pode ser através do Prefeitura 156 ou diretamente com a Sanepar pelo 0800 200 0115.