Apoio à pré-candidatura de Requião causa racha no PSOL em Ponta Grossa


O mandato coletivo do PSOL em Ponta Grossa declarou apoio à pré-candidatura de Roberto Requião ao Governo do Paraná, nas eleições de 2022. Mas filiados do PSOL procuraram o Blog da Mareli Martins e repudiaram a decisão. Nas redes sociais militantes do PSOL afirmam que não foram consultados sobre o apoio para Requião e que não concordam com a decisão.
A Caravana Requião esteve em Ponta Grossa, no último sábado (23). Durante o evento que reuniu diversas lideranças políticas, os representantes do mandato coletivo do PSOL participaram da composição da mesa de políticos que apoiam a volta de Requião ao Governo do Paraná. Participaram pelo PSOL, a vereadora Josiane Kieras e João Luiz Stefaniak.
Nas redes sociais, a vereadora Josiane Kieras escreveu que a decisão de apoiar Requião é para combater o que ela chama de governo de fascistas. “O mandato coletivo do PSOL estará com Requião, porque é somente uma grande frente para derrotar o fascismo e o desmonte de nossos serviços públicos e de nossas estatais”, escreveu a vereadora.
O presidente do PSOL no Paraná, Leandro Dias, disse ao Blog da Mareli Martins, que existe resolução estadual por candidatura própria para o Governo Estadual, ou seja, o diretório estadual não concorda com apoio ao Requião.
“Temos resolução estadual por candidatura própria para o Governo Estadual, ou seja, o diretório estadual não concorda com apoio ao Requião. Nenhum grupo do PSOL defendeu apoio ao Requião e toda essa geringonça que está acontecendo. Quatro pessoas não podem falar pelo partido”, disse Leandro Dias.
O presidente do PSOL no Paraná declarou que os membros do mandato coletivo do PSOL envergonharam o partido em Ponta Grossa e no Estado e que cometeram infidelidade partidária. “O mandato coletivo do PSOL nos envergonhou em Ponta Grossa e no Estado e estão cometendo infidelidade partidária. Nós já publicamos uma nota repudiando a atitude dessas quatro pessoas, que não respondem por todo o partido”, afirmou Leandro Dias”.
Além disso, o PSOL repudia também a aliança, segundo Leandro Dias, do mandato coletivo do partido com família Canto, que inclui o comunicador Jocelito Canto e suas filhas, a deputada Mabel Canto (PSC) e a vereadora Joce Canto (PSC), que também apoiam Requião para o Governo do Paraná.
Neste ano, vale lembrar, o mandato coletivo do PSOL em Ponta Grossa votou pela aprovação das contas do ex-prefeito Jocelito Canto, mesmo depois do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) rejeitar as contas do ex-prefeito.
“A posição isolada, e sem qualquer debate partidário, dos integrantes do Mandato eleito pelo PSOL em Ponta Grossa aponta a participação em uma frente com 11 partidos, dentre eles PSC, PV, PROS, DEM, PSDB e cia, que não reflete as posições da maioria da militância que se dedica em construir um partido coerente, plural e independente. Essa ‘geringonça do Paraná’ visa, como em situações anteriores, agir como balcão de negócios da velha política, que não dialoga por princípios e compromisso com a maioria da População, mas na maioria das vezes por interesses particulares”, afirmou a direção do PSOL em Ponta Grossa.
VEJA A NOTA DO DIRETÓRIO ESTADUAL DO PSOL NO PARANÁ:
VEJA A PUBLICAÇÃO DA VEREADORA JOSIANE KIERAS DO PSOL:

VEJA A PUBLICAÇÃO DO MILITANTE DO PSOL QUE CONCORREU À PREFEITURA DE PONTA GROSSA POR DUAS VEZES -PROFESSOR GADINI –
