Ratinho Jr quer taxação de produtos agrícolas e aumento de ICMS de bebidas


Dentro do chamado “pacote de maldades” encaminhado pelo governador Ratinho Junior (PSD) à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), está o projeto que prece a criação do Fundo Estadual de Infraestrutura e Logística, com previsão de arrecadação de R$ 1,9 bilhão por ano, a partir de taxação na produção agrícola do estado.
Se for aprovado, o projeto terá como consequência o aumento no preço dos alimentos para o consumidor final, ou seja, para a população do Paraná.
As taxas (impostos) serão aplicados em cima das operações da produção de alimentos como milho, soja, açúcar, mandioca, trigo, frango, bovinos e suínos.
Para o presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Neto, o projeto vai encarecer os custos da produção de alimentos e o preço no mercado.
“Esse projeto é um absurdo a gente fala em alimentos mais baratos, mas quando o governo começa a tributar, ocorre um desvio de fim específico e dessa forma encarece o preço da produção e o preço dos alimentos para o consumidor final. E muita gente deixa de produzir por conta dos custos elevados”, disse.
Segundo Gustavo Ribas, o setor do agronegócio está pressionando os deputados da base de Ratinho Jr para impedir que o projeto entre em votação.
“Os deputados estão sofrendo muita pressão, tem uma organização forte do setor do agronegócio em cima desse assunto”, afirmou.
Aumento de ICMS de bebidas
O pacote com 17 projetos encaminhados em regime de urgência à Alep, prevê o aumento de 18% para 19% na alíquota modal de ICMS, além de elevar de 18% para 25% a alíquota sobre refrigerantes, águas gaseificadas, isotônicos, cervejas sem álcool e refrescos.