Guiarone assume vaga na Câmara de PG após afastamento de Celso Cieslak


O primeiro suplente do PRTB, Sargento Guiarone, foi empossado na Câmara Municipal de Ponta Grossa na quarta-feira (14), na vaga deixada por Celso Cieslak (PRTB), que foi afastado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em investigação sobre os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência, durante a Operação Pactum.
Guiarone de Paula Junior tem 46 anos é policial militar e cumpriu primeiro mandato como vereador de Ponta Grossa de 2017 a 2020. Guiarone ficará no cargo por tempo indeterminado.
Nas eleições de 2020, Guiarone obteve 586 votos e ficou como primeiro suplente do PRTB.
Em 2020, Guiarone foi alvo de busca e apreensão do Gaeco na investigação do EstaR de PG, mas não foi indiciado
A Operação Saturno realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Ponta Grossa, em 2020, na investiga corrupção e fraude na contratação e execução do EstaR Digital teve como foco Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do EstaR Digital. Guiarone era integrante da CPI e foi alvo de mandado de busca e apreensão, mas não foi indiciado (não virou réu).
Inicialmente, a investigação estava focada no processo de contratação da empresa Cidatec por parte da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), que tinha como representante, naquele ano, o presidente Roberto Pelissari, que também não foi indiciado no processo.
Mas na íntegra do processo obtido pelo Blog da Mareli Martins, o Gaeco relata que no transcorrer da investigação surgiram outras irregularidades, envolvendo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do EstaR Digital formada por cinco vereadores. Dois foram presos, Ricardo Zampieri (Republicanos) e Walter José de Souza (PRTB), o Valtão. Os outros três não foram presos, mas foram alvo de mandados de busca e apreensão, Pastor Ezequiel Bueno (Avante), Vinicius Camargo (PSD) e Sargento Guiarone (PTRB). Os dois últimos não foram reeleitos.

Ricardo Zampieri não foi indiciado, não virou réu. E Waltão foi indiciado e antes disso, renunciou ao mandato de vereador.
O Gaeco aponta que “possivelmente os vereadores que compõe a CPI teriam recebido propina” para emitir um relatório que iria beneficiar os empresários envolvidos nas irregularidades do EstaR Digital. Mas o Gaeco não apontou no processo se todos os vereadores da CPI teriam recebido propina.
Seguem réus no processo de corrupção do EstaR
O ex- vereador Walter José de Souza, Valtão (PRTB) e os empresários da Cidatec, Antonio Carlos Domingues de Sá, Alberto Abujamra Neto, Celso Ricardo Madrid Finck e o empresário da comunicação e comunicador da Rede T de Rádios, João Carlos Barbiero.
MP AGUARDA DECISÃO DO TJ PARA CONTINUAR INVESTIGAÇÃO
O Ministério Público do Paraná informou ao Blog da Mareli Martins que aguarda a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para que as probas obtidas pelo Gaeco sejam mantidas e o processo tenha andamento.
Em novembro de 2021, advogados dos réus conseguiram a nulidade das provas obtidas pelo Gaeco
Afastamento de Celso Cieslak

O vereador Celso Cieslak (PRTB) foi afastado temporariamente do cargo na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, por conta da investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) sobre os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência na Operação Pactum.
Conforme o Ministério Público do Paraná (MP-PR), a investigação envolve a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde. O então relator vereador Geraldo Stocco (PV) teria denunciado que Celso Cieslak estaria atuando para fraudar o relatório final da CPI e teria entrado em contato com Stocco para “oferecer vantagem indevida (dinheiro) para que o fosse alterado o relatório final da CPI da Saúde”.
As investigações, do núcleo do Gaeco em Ponta Grossa, apuram a existência de organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários, voltada à prática dos crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
As investigações tiveram início em novembro de 2022, a partir de declarações do vereador Geraldo Stocco (PV), então relator de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava o sistema de saúde no município, noticiando que o vereador Celso Cieslak (PRTB) teria oferecido vantagem indevida para modificar pontos do relatório final da CPI, lançando ainda a suspeita da existência de um esquema de propina envolvendo licitações para a compra de livros por diversas prefeituras e câmaras municipais, inclusive nos estados de Santa Catarina e São Paulo.
No curso das investigações, confirmaram-se indícios de um esquema de propina e direcionamento de licitações nas áreas de shows e eventos, de contratação de empresas para projeto de recuperação tributária e de compra de livros.
CELSO CIESLAK TERIA OFERECIDO R$ 300 MIL POR FALSIFICAÇÃO DO RELATÓRIO DA CPI DA SAÚDE DE PG, segundo o vereador Geraldo Stocco

A Operação Pactum deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 06 de junho revela um esquema vergonhoso que afeta a área mais caótica de Ponta Grossa, a saúde pública.
O vereador afastado do cargo, que foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, Celso Cieslak (PRTB,) teria ofertado como vantagem indevida R$ 300 mil para o relator da CPI, Geraldo Stocco (PV), que teria recusado a oferta e depois disso denunciou a situação ao Ministério Público.
Segundo Geraldo Stocco, o valor de R$ 300 mil foi ofertado durante um café. “Nós já estávamos finalizando a CPI da Saúde, saímos tomar um café e em dado momento aconteceu a questão que relatei ao Gaeco. Eu relatei um crime, acredito que eu não fizesse isso, quem sabe o Gaeco estivesse na minha porta hoje.
Stocco ainda não revelou quais pontos Celso pretendia alterar no relatório da CPI da Saúde. O dinheiro (R$ 300 mil) seria pago por uma empresa, que em troca ganharia uma licitação na Prefeitura de Ponta Grossa de forma ilícita.
Durante a Operação do Gaeco, além do vereador Cieslak, foi afastado também o diretor de Recursos Humanos da Prefeitura de Ponta Grossa, Eloir José da Silva.
A CPI da Saúde foi presidida pelo vereador Celso Cieslak (PRTB) e Geraldo Stocco era o relator. Também fazem parte da CPI os vereadores Léo Farmacêutico (PSD), Joce Canto (PSC) e Jairton da Farmácia (União Brasil).