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A maldição da vaga do PRTB na Câmara de Ponta Grossa

A maldição da vaga do PRTB na Câmara de Ponta Grossa
  • Publishedjunho 16, 2023
De 2020 até 2023, dois vereadores de Ponta Grossa do PRTB foram afastados pelo Gaeco em investigação sobre corrupção. (Fotos: CMPG e Gaeco/Divulgação)

Uma maldição assombra a vaga do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) na Câmara de Ponta Grossa. Acontece que desde 2020 até o momento, dois vereadores do partido foram “convidados a se retirar do cargo” em operações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), por crimes que envolvem corrupção e fraudes. É a maldição da corrupção!

Em dezembro de 2020, na Operação Saturno, o Gaeco tornou réu o ex-vereador Walter José de Souza, o Valtão, do PRTB, na investigação sobre o “mal-estar” da cidade, digo EstaR Digital. Em depoimento ao Gaeco, Valtão disse que recebeu “somente” R$ 20 mil em propina para liberar um relatório falso da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do “mal-estar”, digo Estar Digital, que deveria justamente investigar as irregularidades, mas parece que fizeram o contrário.

A Câmara chegou a abrir um processo para cassar o mandato de Valtão, mas ele arregou antes, pediu pra sair em junho de 2021.

Depois disso, o próximo personagem da história da “maldição da vaga do PRTB em Ponta Grossa” assumiu o cargo, Celso Cieslak, que estava no cargo de presidente da extinta Autarquia Municipal de Trânsito (AMTT). Cieslak fez 699 votos na eleição de 2020, o ex-vereador Valtão somou 1.043.

E em junho de 2023, Celso Cieslak foi afastado pelo Gaeco temporariamente na Operação Pactum, que investiga também o crime de tentativa de falsificação do relatório de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde. Celso é investigado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.

O companheiro de Câmara, Geraldo Stocco (PV) denunciou ao Ministério Público que Cieslak ofereceu R$ 300 mil para que o relatório fosse falsificado em favorecimento de empresas que “venceriam” licitações da Prefeitura de Ponta Grossa. Stocco era relator da CPI e Cieslak foi presidente da CPI.

Nesta semana tomou posse na vaga do PRTB e no lugar de Celso Cieslak, o vereador Guiarone.

Em 2020, na investigação do “mal-estar”, digo EstaR, o Gaeco fez buscas no gabinete de Guiarone, pois ele integrava a CPI do “mal-estar”. Mas no decorrer do processo, Guiarone não foi indiciado, ou seja, não virou réu.

Será que Guiarone vai herdar a “maldição da vaga do PRTB na Câmara de Ponta Grossa?”  Ou será o responsável por quebrar a maldição? Vamos aguardar os próximos capítulos da “maldição da vaga do PRTB na Câmara de Ponta Grossa”.

Sobre os investigados

Cieslak é investigado pelo Gaeco na Operação Pactum- a defesa alega que ele é “inocente” e que está “tranquilo”.

O ex-vereador Valtão segue réu no processo da Operação Saturno sobre a corrupção EstaR de Ponta Grossa. Também são réus no processo: os empresários da Cidatec, Antonio Carlos Domingues de Sá, Alberto Abujamra Neto, Celso Ricardo Madrid Finck e o empresário da comunicação e comunicador da Rede T de Rádios, João Carlos Barbiero.

O Ministério Público do Paraná informou ao Blog da Mareli Martins que aguarda a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para que as probas obtidas pelo Gaeco sejam mantidas e o processo tenha andamento.

Em novembro de 2021, advogados dos réus conseguiram a nulidade das provas obtidas pelo Gaeco.

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