Prefeitura de PG quer ressarcimento de R$ 34 mil de servidor que somente batia ponto e não trabalhava


A prefeitura de Ponta Grossa quer que Luciano Gaspar Daru, ex-servidor concursado que passou quase dois anos batendo ponto e indo embora sem trabalhar, devolva R$ 34.385,15 aos cofres públicos. O pedido consta em um processo que tramita no Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Luciano recebia mais de R$ 2,3 mil de salário bruto. A investigação da Polícia Civil (PC-PR) aponta que, em alguns dias, o homem comparecia ao trabalho, mas na maior parte deles não – e por isso, a estimativa é que o servidor recebeu esses R$ 34 mil sem, efetivamente, trabalhar.
“O servidor continuou recebendo sua remuneração integral durante todo o período em que não exerceu suas funções, configurando prejuízo direto aos cofres públicos municipais”, afirma o delegado Derick Moura Jorge, responsável pela investigação criminal.
Segundo o delegado, Luciano foi indiciado criminalmente pela PC-PR, que descobriu que ele cometeu a fraude ao longo de quase dois anos, entre agosto de 2023 e junho de 2025.
O servidor era concursado havia 26 anos e, desde 2023, era técnico administrativo na Secretaria Municipal de Fazenda. O horário de trabalho dele ia do meio-dia às 18h.
Em junho de 2025 ele foi demitido por justa causa e indiciado pelo crime de inserir dados falsos em sistemas informatizados da administração pública, com fim de obter vantagem indevida. A pena prevista é de 2 a 12 anos de prisão, mais multa.