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Stocco questiona Prefeitura de PG sobre licitação de quase R$ 10 milhões para digitalização

Stocco questiona Prefeitura de PG sobre licitação de quase R$ 10 milhões para digitalização
  • Publishedsetembro 8, 2025
Stocco questiona Prefeitura de PG sobre licitação de quase R$ 10 milhões para digitalização. (Foto: CMPG)

A Prefeitura de Ponta Grossa abriu o processo licitatório nº 99/2025, no valor de R$ 9.955.331,00 (quase R$ 10 milhões), para contratação de serviços de outsourcing (terceirização) voltados à digitalização, impressão e armazenamento de documentos públicos. O pregão será realizado no dia 19 de setembro, na modalidade menor preço e a contratação tem prazo de um ano.

A medida, segundo justificativa da Prefeitura de Ponta Grossa, “busca modernizar a gestão documental e resolver gargalos operacionais que afetam desde o acesso à informação até a produtividade dos serviços municipais”.

O edital tem gerado polêmica. Na tribuna da Câmara, o vereador Geraldo Stocco (PV) apontou possíveis irregularidades e direcionamentos na licitação.

Entre os principais questionamentos levantados, está a assinatura do processo por Andreia Cristina Elias Ferreira, funcionária cedida da Prefeitura de Maringá — sem formação técnica na área de tecnologia — ao lado da secretária municipal Isabele da Veiga Moro.

Em processos anteriores, na mesma área, a assinatura era feita por servidores especializados da área de Tecnologia da Informação.

Stocco também alertou para o perfil das empresas já habilitadas: duas delas já foram investigadas por corrupção — uma em Foz do Iguaçu e outra na região dos Campos Gerais — e a terceira é uma microempresa com capital social de apenas R$ 10 mil (dez mil).

“Há indícios de que estão direcionando o processo para uma empresa que já responde no Gaeco por corrupção. Só estou fiscalizando o uso do nosso dinheiro”, disse o vereador, que enviou requerimento à Prefeitura solicitando esclarecimentos sobre os critérios da proposta.

O documento oficial da Secretaria Municipal de Administração, anexado ao edital, aponta que “a digitalização é urgente diante da precariedade dos atuais arquivos físicos, que sofrem com umidade, pragas, desorganização e risco de perda irreparável”.

Além disso, os contratos atuais de impressão estão vencidos ou defasados, como na Fundação Municipal de Saúde, que enfrenta falta de equipamentos e altos custos operacionais.

A proposta prevê a implantação de um parque de digitalização com scanners de alta velocidade, softwares de captura, e um sistema de gerenciamento eletrônico de documentos, com uso de inteligência artificial para classificação e descarte seguro.

A terceirização, por sua vez, “promete reduzir custos, melhorar a qualidade dos serviços e liberar servidores de tarefas operacionais”.

Prefeitura não responde questionamentos

O Portal Mareli Martins questionou a Prefeitura de Ponta Grossa em relação aos custos atuais do serviço, mas não recebemos nenhuma resposta até o encerramento desta reportagem. O espaço segue aberto para o município.

 

Veja as informações no Diário Oficial da Prefeitura (03 de setembro)

Com a colaboração de Eder Carlos Wehrholdt, estagiário de Jornalismo, conforme convênio de estágio firmado entre o Portal Mareli Martins e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

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