Deputado Arilson Chiorato cobra transparência sobre contas públicas e Professor Lemos reivindica valorização dos servidores. (Fotos: Orlando Kissner/Alep)
O líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Arilson Chiorato (PT), questionou a real situação das contas estaduais durante a audiência pública de prestação de contas do 2º quadrimestre de 2025, conduzida pelo secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, e realizada na tarde desta segunda-feira (22).
De acordo com o deputado Arilson, apesar do discurso otimista do Governo Ratinho Jr, os dados apontam queda real de 1,3% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Para o Líder da Oposição, a redução pode indicar desaceleração econômica do Paraná ou o efeito das isenções fiscais concedidas nos últimos anos.
“Ou a economia do Paraná não está tão boa como se apresenta, ou chegou a fatura das renúncias fiscais”, afirmou.
Custeio em alta e investimentos em queda
O parlamentar também destacou que os gastos de custeio cresceram 8,7% em termos reais, enquanto os investimentos tiveram queda equivalente de 5,1%. “Os números mostram o contrário do que foi dito aqui. Cresce o gasto corrente e diminuem os investimentos”, observou.
O deputado Arilson ainda lembrou que, de 2021 a 2025, o Estado empenhou cifras bilionárias, mas não conseguiu executar os valores prometidos em obras e ações: “Qual a dificuldade de fazer o investimento sair do papel? Precisamos de clareza para ver se a Assembleia pode ajudar a resolver esse problema”.
Lemos cobra avanços para o funcionalismo
O Vice-líder da Oposição, deputado Professor Lemos (PT), destacou que o Paraná tem condições de avançar na valorização dos servidores públicos, especialmente diante da recuperação da economia nacional. Ele lembrou que muitas categorias ainda não foram contempladas com alterações de carreira, como os profissionais da educação básica.
Lemos também ressaltou que há servidores atendidos apenas parcialmente e que continuam aguardando justiça em suas carreiras, incluindo agentes públicos de diversas secretarias.
“É preciso corrigir essas distorções. O governo deve abrir diálogo e garantir reconhecimento a todos os servidores do Paraná”, afirmou.
