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População de rua teve aumento em Ponta Grossa, segundo a FASPG

População de rua teve aumento em Ponta Grossa, segundo a FASPG
  • Publishednovembro 28, 2025
População de rua teve aumento em Ponta Grossa, segundo a FASPG. (Foto: PMPG)

A população de rua em Ponta Grossa teve aumento nos últimos anos, de acordo com a presidente da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (FASPG), Tatyana Belo, que concedeu entrevista ao Portal Mareli Martins. (Veja a entrevista no final do texto)

“Temos hoje cerca em torno de 800 ou 900 pessoas que estão em situação de rua e 150 moradores de rua”, afirmou Tatyana

A presidente da FASPG disse que o número aumentou nos últimos anos. “Os números de pessoas que moram nas ruas e em situação de rua tiveram aumento e isso ocorre por diversos motivos. A pandemia foi um agravante”.

Conforme Tatyana, os números podem não ser exatos: “essas pessoas são migrantes, elas se cadastram aqui, mas as veze vão para outras cidades e, por isso, os números podem não retratar a exata realidade”.

Por conta disso, ela explicou que será realizado um censo em 2026 para mapear a população de rua.

“Em parceria com o Governo do Estado, com a  Secretaria de Justiça, vamos fazer um censo já no início do ano que vem, para que possamos levantar números mais próximos da realidade”, concluiu a presidente da FASPG.

População em situação de rua no Brasil cresce 8,5%, mostra levantamento

O Brasil tem 358.553 pessoas em situação de rua, segundo relatório do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com dados referentes a outubro de 2025. O número representa um aumento de 8,5% em relação ao total registrado em 2024, que era de 327.925.

De acordo com o levantamento, 61% dessa população está concentrada em cidades da região Sudeste. São mais de 218 mil pessoas vivendo nas ruas só nessa região.

A cidade de São Paulo lidera o ranking, com mais de 99 mil pessoas em situação de rua. Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro, com mais de 23 mil, e Belo Horizonte, com cerca de 15.300.

Entre os fatores que explicam esse cenário estão a precarização do trabalho e da moradia, como aponta o coordenador do Observatório da UFMG, André Luiz Freitas Dias.

“Compreendemos que esse crescimento precisa ser analisado a partir da ausência e insuficiência histórica de políticas públicas estruturantes, como a moradia, a precarização das condições de vida e de trabalho, mas também a partir de uma análise das emergências climáticas e dos deslocamentos forçados em curso no Brasil, na América Latina e em outros continentes”, afirma

Os dados foram extraídos do CadÚnico, cadastro do governo federal voltado para políticas sociais. O levantamento também revela que a população em situação de rua no país é majoritariamente negra: a cada 10 pessoas, 7 se identificam como negras.

Crescimento fora do Sudeste

Apesar da concentração no Sudeste, o estudo chama atenção para o crescimento acelerado da população em situação de rua em estados como Roraima e Pará. Em Roraima, por exemplo, o número saltou de 2.038 pessoas em 2023 para 7.206 em 2024, um aumento superior a 200%.

Veja a entrevista da presidente da FASPG

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