Professores ocupam Assembleia Legislativa em protesto contra o PSS no Paraná


Professores e demais funcionários da rede estadual ocuparam o prédio administrativo da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nesta quarta-feira (18).
Segundo a APP-Sindicato, a manifestação tem como objetivo a revogação do edital de contratação de profissionais pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS). A categoria é contra a realização das provas do PSS, anunciadas pelo governador Ratinho Junior (PSD). Servidores também são contrários a cobrança de taxas para a realização das provas.
Conforme dados da APP-Sindicato, atualmente são mais de 20 mil professores e cerca de 10 mil funcionários com contratos temporários no Paraná.
Em reunião realizada na terça-feira (17) com dirigentes da APP-Sindicato, o governo Ratinho não deu respostas sobre a suspensão de prova para contratação de professores(as) por apenas um ano, pelo processo seletivo simplificado (PSS). O chefe da Casa Civil, Guto Silva, disse que somente apresentaria uma decisão nesta quarta-feira (18), mas a resposta ainda não foi dada.
O posicionamento desagradou a categoria, que está há semanas pedindo a revogação do edital. Com esse resultado, os trabalhadores decidiram permanecer em vigília em frente ao Palácio Iguaçu.
O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva criticou a ausência do governador, Ratinho Junior, e do secretário da Educação, Renato Feder, na reunião. “É um secretário que não participa dos debates, não compreende a pauta e finge desconhecer a realidades das nossas escolas. Uma equipe que não tem compromisso com a realidade da educação do campo, da cidade, quilombola, indígena. Não tem responsabilidade sobre a vida de professores, funcionários, pedagogos”.
Além da revogação do edital n. 47/2020, os(as) educadores(as) reivindicam a realização de concurso público, o cancelamento do processo de terceirização de funcionários(as) de escola, a prorrogação dos contratos desses(as) profissionais contratados(as) pelo regime PSS, pagamento do salário mínimo regional e das promoções e progressões.
Uma das críticas do Sindicato é de que não se deve aplicar prova para PSS, mas sim na realização de concurso. Outra preocupação é que o governo estima a inscrição de 90 mil candidatos que deverão se deslocar para 32 cidades onde serão realizadas as provas, provocando aglomeração de pessoas em meio a pandemia do novo coronavírus.
Líder do governo critica professores
O líder do governo na Alep, Hussein Bakri (PSD), criticou a manifestação feita pelos professores nesta quarta. “Eu estava trabalhando no sentido construir um entendimento, e essa situação não contribui em nada para a negociação. É uma invasão desproporcional e desrespeitosa com o Parlamento. Tenho certeza que os deputados da oposição também não compactuam com isso. É um absurdo invadir o local de trabalho de qualquer pessoa”, afirmou.
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