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MP arquiva processo sobre cadela que foi atropelada e jogada em compactador de lixo

MP arquiva processo sobre cadela que foi atropelada e jogada em compactador de lixo
  • Publishedmaio 20, 2025
MP arquiva processo sobre morte de cadela que foi atropelada e jogada em compactador de lixo.

O Ministério Público (MP) arquivou o indiciamento dos dois funcionários da Ponta Grossa Ambiental (PGA) envolvidos na morte da cachorrinha Ágata. Os colaboradores haviam sido indiciados por maus-tratos a animais.

O caso repercutiu após Ágata ser atropelada por um caminhão de lixo da empresa. Na ocasião, um dos funcionários jogou o corpo do animal no compactador de lixo do veículo.

A advogada da família, Isabella Godoy Danesi, disse ao Blog da Mareli Martins que o arquivamento do caso partiu de um Promotor de Justiça do Ministério Público da 3° vara criminal, após o mesmo entender que não houve crime.

“Ele manifestou pelo arquivamento do indiciamento do delegado. O processo ainda corre em segredo de justiça, então é possível dar poucas informações”, afirmou a advogada. Para o Promotor, não há como ter certeza se Ágata estava viva ou morta no momento em que foi jogada no compactador.

“Só quem poderia dizer se a cadela estava viva ou morta naquele momento é o médico veterinário”, enfatizou Isabella. De acordo com ela, a PGA disse à família de Ágata que faz parte do procedimento em caso de atropelamento de animais, socorrer o animal e encaminhar para um médico veterinário.

A advogada também informou que a família está triste com a decisão e que pretendem seguir com processo civil contra a PGA e a Prefeitura de Ponta Grossa, “nós vamos pleitear pela indenização por danos morais e nós acreditamos na justiça nesse âmbito”.

Ana Júlia Rodrigues de Moraes, tutora de Ágata, disse ao Blog da Mareli Martins que a decisão do MP mostra descaso com a causa animal. “A cidade está sofrendo com muitos arquivamentos de vários casos de indiciamento de maus-tratos, a Ágata não foi a única. Os animais definitivamente não têm valor nenhum para os promotores”, declarou.

A irmã de Ana, Ana Luiza de Moraes, que também era tutora da Ágata, afirmou estar decepcionada com a Justiça Brasileira. “Não tivemos sequer a oportunidade de um laudo emitido por um perito para constatar se ela estava ou não com vida. A lei de maus-tratos é muito, muito falha. Infelizmente, os animais não são tratados com dignidade nesse país”, afirmou a tutora.

(Com a colaboração de Levi de Brito Cantelmo, estagiário de Jornalismo, conforme convênio de estágio firmado entre o Blog da Mareli Martins e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

 

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