A Companhia Paranaense de Energia (Copel) enfrenta uma onda crescente de críticas e denúncias em relação à precarização do serviço, colocando em risco a segurança de seus colaboradores e gerando prejuízo para os consumidores. Segundo o deputado Arilson Chiorato (PT), o processo de privatização da companhia já alertava para uma possível deterioração.
Denúncias recentes revelam a contratação de profissionais sem qualificação técnica adequada para atuar em redes de alta tensão, uma prática que, segundo relatos, tem levado a acidentes graves, incluindo fatais. Chiorato acredita que a busca por cortes de custo está comprometendo a integridade física dos trabalhadores.
O deputado encaminhou pedidos de informação ao Ministério Público do Trabalho (MPT-PR) e para a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), para que as condições de trabalho sejam apuradas, e caso constatadas irregularidades, medidas sejam tomadas para garantir a segurança dos colaboradores.
Paralelamente, a qualidade do serviço prestado pela Copel também é alvo de inúmeras reclamações. Consumidores relatam interrupções frequentes e oscilações de energia, que têm causado perdas consideráveis a produtores rurais. No último relatório de desempenho da ANEEL, divulgado em abril de 2025, a Copel, que antes figurava entre as 10 melhores distribuidoras do Brasil, despencou para a 29° posição.
Ao Portal Mareli Martins de Notícias, o deputado Arilson disse que o modelo de privatização anunciado para a Copel difere do que realmente foi adotado. “O governador falou que a Copel não iria ser privatizada. Ela foi privatizada por um modelo brando, que diminui as ações do estado. É uma burla, na minha avaliação”, afirmou.
O deputado também comentou sobre como a companhia passou a ser alvo de inúmeras reclamações após a privatização. “A Copel caiu de qualidade e aumentaram-se os problemas. A Copel passou a ser a empresa de maior reclamação sobre problemas no setor energético do Brasil. Antes ela era referência, a Copel estatal ganhava prêmios por eficiência”.
Além disso, Chiorato também ressaltou que apesar de várias empresas, que foram privatizadas, apresentarem problemas em determinadas áreas, como por exemplo, na manutenção e na logística, a Copel apresenta aspectos de deterioração em diversos setores. “A Copel tem uma diferença de todas elas. A Copel teve metade do seu efetivo diminuído imediatamente após ser vendida. Ela tinha cinco mil funcionários e depois caiu pela metade. Ela privatizou e terceirizou o serviço para outros, o que aumentou ainda mais o problema”, concluiu o deputado.
(Com a colaboração de Levi de Brito Cantelmo, estagiário de Jornalismo, conforme convênio de estágio firmado entre o Blog da Mareli Martins e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
