
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou a extinção da ação do Ministério Público (MP) contra o ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) Abib Miguel, conhecido por “Bibinho”, por lavagem de dinheiro.
A decisão afirma que Ministério Público não comprovou que Abib Miguel financiou ou se beneficiou da venda de madeira como forma de lavar dinheiro desviado. Diz ainda que fatos são julgados em outro processo. MP recorreu da decisão.
A decisão foi assinada pelo juiz da Quarta Vara Criminal de Curitiba, Fernando Bardelli Silva Fischer. O juiz afirmou que o Ministério Público não conseguiu comprovar que Abib Miguel lavava o dinheiro desviado da Alep por meio da venda de madeira de uma área em Rebouças, na região central do Paraná.
Em outra ação, Abib Miguel, também chamado de Bibinho, foi considerado o mentor de um esquema de corrupção que desviava dinheiro público por meio da contratação de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Paraná. O rombo aos cofres públicos, segundo o Ministério Público, foi de mais de R$ 200 milhões.
Na Operação Argonautas, a denúncia do MP-PR apontou que o ex-diretor-geral comandou um esquema de desvio de dinheiro da Alep entre 1997 e 2014. A promotoria indicou que foram desviados cerca de R$ 260 milhões, em valores atualizados, por meio de 97 funcionários fantasmas.
Bibinho – e outros diretores que também foram condenados – pagou para que algumas pessoas cedessem nomes para figurarem como funcionários, segundo o MP-PR.
Relembre o caso
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