Dilma foge de perguntas dos senadores e diz que tudo é “golpe”


A presença da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), no Senado, nesta segunda-feira (29), ao que tudo indica, não mudará em nada o resultado final do processo de impeachment. Dilma Rousseff não respondeu aos questionamentos dos senadores, ficando apenas no recurso repetitivo, de que está “sendo injustiçada” e que o “impeachment é um golpe”.
“Estamos a um passo da concretização de um verdadeiro golpe de estado. Do que eu fui acusada? Quais os crimes hediondos que eu pratiquei?”, questionou Dilma. A presidente afastada disse que o regime presidencialista do Brasil não prevê que, se o presidente perder a maioria dentro do Congresso, o mandato deve ser cassado. “Apenas o povo pode afastar o presidente pelo conjunto da obra”, disse a presidente afastada.
Dilma Rousseff também lembrou do período em que foi torturada, durante a ditadura militar, momento em que ela se emocionou. “Não posso deixar de sentir na boca novamente o gosto amargo da injustiça e do arbítrio”, afirmou
A votação final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff deve ficar para quarta-feira (31), segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que preside o julgamento. A expectativa é que a sessão desta terça (30) seja destinada para os debates entre acusação e defesa e para as falas de senadores.
Lewandowski disse que pretende “impreterivelmente” terminar a fase de oradores nesta terça-feira. Ele afirmou ainda estar disposto a entrar madrugada, mas desde que seja para concluir a fase de debates nesta terça-feira. Com isso, a votação final deve ficar para quarta.