“Cento e cinquenta famílias estão sendo prejudicadas pelo Parque Nacional dos Campos Gerais”, diz deputada Aline Sleutjes


Em entrevista à Radio T e ao Blog da Mareli Martins nesta sexta-feira (3), a deputada federal Aline Sleutjes (PSL), defendeu a extinção do decreto de criação do Parque Nacional dos Campos Gerais. (Ouça a entrevista completa ao final do texto)
O Parque Nacional dos Campos Gerais possui mais de 21 mil hectares, com áreas que abrangem os municípios de Carambeí, Ponta Grossa e Castro. O decreto de criação do Parque é de 2006 e foi feito para proteger um dos últimos remanescentes de Campos Naturais do Paraná, estado que devastou 99% desse ecossistema associado ao bioma Mata Atlântica.
A deputada afirmou que os critérios para criação do decreto não foram adequados. “A questão do parque é um problema crônico de mais de treze anos. Não houve critérios técnicos. São cento e cinquenta famílias que estão sendo prejudicadas por esse decreto do parque, famílias que geram emprego e economia pra nossa região”, disse a deputada.
Outro problema apontado pela parlamentar é a questão da indenização dos proprietários. “O governo não cumpriu a lei, em cinco anos os proprietários precisavam ser indenizados e não foram”.
Aline Sleutjes (PSL) disse que são mentirosos os dados da Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que apontam que o Paraná devastou 99% do seu ecossistema associado ao bioma Mata Atlântica. “Não é verdade. Eu postei nas redes sociais um vídeo da Embrapa que mostra que temos uma alta área preservada no Paraná”, declarou.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve em Ponta Grossa, na última quarta-feira (1º), na propriedade de Douglas Taques Fonseca, onde se reuniu apenas com os ruralistas. Questionada se o correto não seria uma reunião pública, a deputada destacou “que quando foi criado o decreto de criação do Parque Nacional dos Campos Gerais os produtores também não foram ouvidos”.
“Quando sobrevoamos a área, juntamente com o ministro e o Gustavo Ribas (que possui propriedade na área), o ministro ficou abismado quando com a preservação dos Campos Gerais e isso foi feito pelos produtores”, afirmou a deputada.
Porém, ao mesmo tempo, que a deputada afirma que o Parque Nacional dos Campos Gerais só existe por causa dos produtores, ela destaca que isso ocorreu devido às leis ambientais. “O código florestal é uma das leis mais rigorosas que existe. Cada produtor tem que preservar vinte por cento da área. Sem falar em outras leis que, muitas vezes, deixam cinquenta por cento da área sem poder ser utilizada”, disse.
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