Deputados batem boca por conta de irregularidades na TV Assembleia


Os deputados Homero Marchese (PROS) e o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Luiz Claudio Romanelli (PSD), tiveram um bate-boca, nesta segunda-feira (23), por divergências sobre o processo que investiga irregularidades na TV Assembleia.
A Alep rejeitou um pedido de convocação do procurador-geral da Justiça, Gilberto Giacoia, para falar sobre o processo de investigação da TV Assembleia. O requerimento foi rejeitado por 32 votos contrários, dois favoráveis e duas abstenções.
O processo que apura irregularidades envolvendo a TV Assembleia é investigado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Durante a sessão desta segunda-feira (23), Marchese falou sobre a falta de informações sobre o processo e a respeito de um pagamento de propina.
“Um acordo desse porte, evidentemente, não foi firmado em bases frágeis. Um grupo econômico com esse tamanho e experiência não abriria mão de R$ 100 milhões se não entendesse que as sanções poderiam ser ainda mais pesadas, e não haveria razão para MP e MPF fecharem o acordo se não recebessem elementos sólidos de prova para ir atrás da outra ponta do problema: os agentes públicos. Quase dois anos depois, no entanto, e até agora nada. Aparentemente, nem sequer foram tomados depoimentos dos agentes denunciados. Em resposta a requerimento nosso, dois órgãos do MP se contradisseram em relação à qual deles investiga o assunto. O que está acontecendo?”, perguntou Marchese.
Conforme Marchese, J. Malucelli, firmou acordo de leniência com o MP e o Ministério Público Federal confessando fatos e devolvendo R$ 100 milhões aos cofres públicos paranaenses, em troca de sanções menos severas. De acordo com o parlamentar, a assessoria do próprio MPF e a imprensa noticiaram que o acordo envolvia um anexo exclusivo para irregularidades na Assembleia Legislativa, onde até 2015 o grupo, por meio da empresa TV Icaraí, operava o canal TV Assembleia. Segundo ele, teria havido pagamento de propina durante a contratação.
Romanelli disse que Marchese quis criar o chamado factoide. “O deputado Marchese se comporta como uma criança birrenta. Tentativas de desacreditar os seus colegas e o parlamento. Na minha avaliação de forma medíocre. O mandato dele não tem nada positivo. Tenta criar factoides contra essa casa. Se essa casa abrir esse precedente é perigoso. Amanhã todos os parlamentares podem ser alvos de requerimentos de outros deputados”, rebateu.