“Com julgamento de Moro, 1º de abril passará a se chamar Dia da Verdade”, diz deputado Arilson

Processos contra o senador entraram na pauta dos dias 1º, 3 e 8 de abril; novo desembargador eleitoral toma posse no começo de março.

O presidente do PT no Paraná, deputado Arilson Chiorato, comemorou a notícia de que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) agendou a data para o início do julgamento que pode cassar o mandato do ex-juiz e hoje senador, Sergio Moro (União do Brasil).

Como a data será no dia que é conhecido como Dia da Mentira, o deputado ironizou. “1º de Abril de 2024 passará a se chamar Dia da Verdade com o julgamento do Moro no TRE”, afirmou o deputado em publicação no X, antigo Twitter,

Arilson Chiorato sempre criticou a conduta de Moro e do ex-procurador e ex-deputado federal, Deltan Dallagnol, cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Lei da Ficha Limpa.

“Os justiceiros da República de Curitiba não estão acima da lei brasileira. É isso que aconteceu, quando os ministros do TSE cassaram o mandato de Deltan Dallagnol. Todos sabem que a Operação Lava-Jato foi conduzida por um juiz parcial, que combinava pelo Telegram, a sentença com o procurador. Juntos, eles mancharam, acusaram e condenaram publicamente muitas pessoas, mas, em muitos casos, não provaram. Substituíram provas por simples convicção, que ganhava forma em apresentação de PowerPoint”, criticou o deputado em um dos seus discursos na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

O senador Sergio Moro é alvo de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) por abuso de poder econômico, uso indevido de meios de comunicação ao longo da campanha eleitoral de 2022 e caixa dois. As duas ações serão analisadas em conjunto e pedem pela cassação de mandato do senador.

Em dezembro de 2023, Moro falou, em depoimento ao TRE-PR, que não obteve vantagem eleitoral e nega a acusação de desequilíbrio eleitoral causado por irregular pré-campanha ao cargo de presidente da República.

As ações foram protocoladas por lados antagônicos da política nacional. A primeira pelo Partido Liberal (PL), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e a segunda pela Federação Brasil da Esperança – FÉ BRASIL, formada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Verde (PV) e pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que forma a base aliada do governo Lula.

O julgamento

O desembargador eleitoral José Rodrigo Sade vai tomar posse no dia 6 de março, completando a composição da corte que vai julgar o senador. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (22).

Com a corte completa, o presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, marcou a data do julgamento das Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) contra o senador.

Além de Sade, o julgamento dos casos de Moro deve ter as seguintes participações:

  • Desembargador Sigurd Roberto Bengtsson – presidente;
  • Desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza – relator dos processos de Moro;
  • Desembargadora Claudia Cristina Cristofani – juíza federal efetiva;
  • Doutor Anderson Ricardo Fogaça – juiz de direito efetivo;
  • Doutor Guilherme Frederico Hernandes Denz – juiz de direito efetivo;
  • Doutor Julio Jacob Junior – classe de advogado efetivo.

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