Elizabeth alerta para “perda de receita com redução do IPVA” e Rangel alfineta: “entende de aumento de imposto”


O anúncio feito em ano pré-eleitoral pelo governado e pré-candidato à Presidência da República, Ratinho Jr (PSD), sobre a redução de 45% da alíquota do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), gerou nova “treta” entre os ex-amigos e atualmente inimigos, a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (União Brasil) e o deputado Marcelo Rangel (PSD).
A prefeita parabenizou o governador pela redução no IPVA, mas alertou sobre a perda de receitas que Ponta Grossa terá, em torno de R$ 40 milhões.
“Parabenizo o governador pela coragem em reduzir a alíquota do IPVA. Mas como prefeita eu tenho responsabilidade e por isso peço que os técnicos do estado possam compensar os municípios pela perda de receitas. Ponta Grossa vai perder R$ 40 milhões em receita e isso faz diferença para os projetos da cidade”, disse.
Na sequência, Rangel publicou que a prefeita ficou contra a decisão do governador em reduzir o IPVA e fez uma série de críticas. “A senhora entende bem é de aumento de impostos, aumentou o IPTU de Ponta Grossa em 30% para o ano que vem e mais 20% nos próximos anos. O Paraná inteiro comemorando a redução do IPVA e a prefeita fica contra. Infelizmente nossa cidade segue o caminho da PT, que é o de subir impostos”, alfinetou.
Imediatamente a prefeita Elizabeth rebateu o deputado e o chamou novamente de “mentiroso” e no vídeo aparece escrito em referência ao deputado Rangel a frase “alerta Pinóquio”.
“Em nenhum momento fiquei contra a redução do IPVA feita pelo governador, eu parabenizei o governador. Quem diz o contrário é o mentiroso e que gosta de semear a discórdia. Eu apenas alertei sobre a perda de receita porque tenho responsabilidade. Foi apenas isso o que eu disse, o resto é coisa de quem nem parece que foi prefeito, pois não conhece a realidade da cidade. É coisa de quem faz muito pouco por Ponta Grossa, mas vive semeando discórdia”, respondeu a prefeita.
Rangel também criticou a prefeita por outros temas como o projeto sobre a terceirização da merenda escolar, tentativa de aumento de salários da prefeita, vice-prefeito e secretário e licitações duvidosas, segundo Marcelo Rangel.
O embate revela não apenas mostra que a briga política entre Rangel e Elizabeth está longe de acabar, mas também revela uma disputa de narrativa sobre o que significa responsabilidade fiscal. De um lado, o Estado reduz tributos para estimular a economia; do outro, a Prefeitura alerta para o risco de desequilíbrio orçamentário.
No meio, a população observa o aumento de impostos locais, licitações milionárias e disputas judiciais por salários — enquanto espera por serviços públicos eficientes e transparentes.
A crise expõe um dilema recorrente na gestão pública: como equilibrar arrecadação, gastos e interesses políticos sem perder de vista o cidadão que paga a conta.
O dilema lembra que, na história recente do Brasil e no Paraná, impostos foram reduzidos claramente com fins eleitoreiros. E, na sequência, a conta chegou para todos com sabor muito amargo.
Veja a publicação de Rangel
Veja a publicação de Elizabeth
Com a colaboração de Eder Carlos Wehrholdt, estagiário de Jornalismo, conforme convênio de estágio firmado entre o Portal Mareli Martins e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).